MENSAGENS ESPIRITAS
Examinando Kardec
Livro: À Luz do Espiritismo
Viana de Carvalho & Divaldo P. Franco
Viana de Carvalho & Divaldo P. Franco
Não que outros missionários não tivessem aportado antes dele: ases do conhecimento que dilataram os imensos horizontes do saber; místicos que se embrenharam nos dédalos do “eu”, aprendendo vitória sobre si mesmos; santos que rasgaram sendas luminosas no matagal das aflições; apóstolos que fizeram da renúncia e da humildade os baluartes da própria força; filósofos que ensejaram à razão o campo da investigação; cientistas corajosos e audazes que ofereceram a vida em prol de pesquisas inapreciáveis na preservação de milhões de vidas... E heróis, missionários do amor, sacerdotes da fraternidade, operários sublimes, todos eles, do Pai Construtor, encarregados de impulsionar o progresso da Terra conjugado à felicidade dos homens.Ele, entretanto, guardadas as proporções fez-se nauta de uma experiência antes não tentada nos mares ignotos da verdade: auscultou o insondável além-da-morte, inquirindo e estudando, selecionando e fazendo triagem das informações recebidas dos imortais, de modo a edificar o colossal edifício do Espiritismo.Nem um só momento se deixou empolgar pela vitória conseguida ao peso das lágrimas, nem jamais se quedou desanimado sob o fardo das incompreensões, quando crivado pelas farpas da inveja e da calúnia.Não se permitiu o luxo dos triunfos fáceis, nem aceitou a coroa da consagração. A própria vida celeremente se lhe extinguiu no corpo somático, logo se permitiu conquistar o país do conhecimento, demandando a Imortalidade antes que os lauréis da gratidão ou de qualquer glória lhe pesassem sobre a cabeça veneranda.Antes, outros espíritos de escol também velejaram pelas regiões desconhecidas do após-o-túmulo, tomando apontamentos, registando observações.Muitos se embrenharam pelas veredas da vida-além-da-vida e se detiveram deslumbrados no pórtico da revelação.Os que se atreveram a adentrar pelos recônditos da Imortalidade, procuraram explicações mirabolantes, formulando hipóteses rocambolescas ou, fortemente impressionados, se recolheram à meditação profunda, ao flagício, à oração.Os que se facultaram apresentar o resultado do descobrimento, experimentaram a zombaria dos contemporâneos e, não raro, desencantados, refugiaram-se no silêncio ou arderam em piras crepitantes...Ele, não!Não se deteve a observar somente, nem se aquietou a experimentar emoções.Após o meticuloso exame do mediunismo, patenteada a veracidade da vida incessante mesmo depois da disjunção celular, entregou-se ao conhecimento libertador.Do fenômeno extraiu a doutrina.Do informe puro e simples conseguiu o fato comprovado.Enfrentando os Imortais não os temeu, não os exaltou. Inquiriu-os e analisou-os a todos quantos passaram suas informações pelo crivo da discussão, do debate franco, do exame rigoroso.Compulsou os alfarrábios dos tempos e aprofundou-se na cultura da época. Armado de equilíbrio invulgar, esteve a todo instante à altura da investidura e, quando o reboliço da aventura cedeu lugar ao marasmo e à monotonia, ele apresentou o resultado dos seus estudos sérios, apoiados na razão e no bom-senso.Kardec foi, sem dúvida, o magnífico missionário da Humanidade, precursor do Mundo Novo.Em sua obra reacendem os aromas específicos da tríade perfeita do conhecimento: Ciência, Filosofia e Religião. São o esquema ímpar da sabedoria em todos os seus ângulos e faces.* * *Transcorrido o primeiro século da Codificação Kardequiana, mais se fazem atuais os seus ensinos e conclusões, ensejando elucidações valiosas para os enigmas que surgem no momento em que ruem os tabus e os preconceitos, em que necessidades aparecem para substituir as manifestações místicas da ignorância e da falsa pudicícia da fé que se esboroam.Por essa razão é que se faz imperioso estudar o Espiritismo, trazendo os informes destes dias para examiná-los à luz meridiana da Doutrina, clareando as nebulosas informações de psiquistas e parapsicólogos, os problemas morais ao estudo sistemático da moral espírita e as conclusões da ciência ao ensinamento doutrinário. Não olvidar, no entanto, que os descobrimentos e as informações de caráter eminentemente revelador, no campo do mundo, aos homens do mundo competem, sendo a Doutrina mesma o guia moral e espiritual para todos nós, não pretendendo como não o fez o Codificador, resolver ou realizar as tarefas que ao homem incumbem como medidas imperiosas de crescimento e evolução.Estudemos mais e analisemos melhor o Espiritismo, porquanto com as suas lições no coração e na mente encontraremos o pão e a luz, o instrumento e a rota para levar-nos à harmonia e à paz real.
Equipe Juvenil
Livro: Conviver e Melhorar - 46
Batuíra & Francisco do Espírito Santo Neto
"Não repreendas duramente um ancião, mas admoesta-o como a um pai; aos jovens, como a irmãos; ... com toda pureza". (I Timóteo, 5:1 e 2).
Na Terra, a mocidade simboliza a metade do percurso entre a infância e a madureza. Na adolescência, surge nos jovens um conjunto de transformações morfológicas e psicológicas que se traduzem num despertar de novas energias antes adormecidas.
A própria índole juvenil impele-os a realizações diversas. Dinâmicos e arrojados, programam e concretizam sua vida profissional, religiosa, afetiva, esportiva, com participação ativa na esfera social a que pertencem ou almejam a pertencer.
Na puberdade nascem forças que dão aos moços ânimo e vigor, que todos nós admiramos, além de vontade, determinação, decisão e coragem para perseverar até vencer. Mesmo quando fracassam, voltam a insistir até atingir o alvo idealizado.
Não podemos negar à juventude os encargos de responsabilidade na área mediúnica, na coordenação interna, no serviço de divulgação doutrinária, na assistência social, alegando que ela é demasiadamente arrojada. Ao contrário, é preciso aproveitar os jovens em cargos em que possam demonstrar seus valores.
Realmente, devemos aos mais velhos consideração e respeito pelo fruto da experiência acumulada no ambiente social; pela sabedoria adquirida no amadurecimento da vida familiar; pela lucidez alcançada no estudo da fé espírita-cristã; pela reunião dos princípios de compreensão, justiça e humanidade na vida diária. Contudo, não podemos esquecer que, onde o mais experiente hesita ao recordar o evento mal sucedido, o mais moço lança-se com grande animação à conquista de novos empreendimentos.
Valorizar as qualidades e virtudes da mocidade é ceder-lhe espaço na seara do Mestre.
O Núcleo Espírita depende muito dos jovens. As sementes das idéias novas, do progresso cientifico e de precursoras correntes de pensamento ligadas ao estudo do comportamento humano - indícios da Era Nova predita pelos Espíritos Superiores - encontrarão na alma dos adolescentes terreno fértil para produzir os frutos de uma sociedade mais humanitária e evoluída.
É preciso dar aos jovens espíritas um estudo fundamentado nas obras básicas, acrescentado de noções de estética, de forma, de conteúdo artístico, para despertar-lhes o gosto pela escultura, pintura, poesia, teatro, círculo de leituras, enfim, para evocar sentimentos e habilidades que promovam seu crescimento intelecto-moral.
Devemos escolher com critério o monitor para os novos aprendizes do Evangelho. Se não for pessoa dinâmica, firme, com senso da realidade e conhecimentos sólidos do Espiritismo, além de detentora de certa capacidade pedagógica, sua ação poderá disseminar desinteresse pelo estudo e diminuir o entusiasmo e a união da equipe juvenil.
Ninguém deve ter a pretensão de ditar normas aos jovens. Eles se sentem mais tranqüilos diante de um professor que nada lhes impõe; desenvolvem igualmente mais receptividade, simpatia e amizade por aquele que os conduz com espontaneidade na senda do conhecimento, nunca por indivíduos que queiram sobrepor aos outros suas idéias.
Nem sempre um ouvinte silencioso está aprendendo. O que de fato determina se a mensagem penetra na mente da criatura é seu grau de atenção, ou seja, a faculdade de raciocinar em ação. Pensar sobre algum ensinamento significa colocá-lo em trabalho mental, avaliando-o, comparando-o com algo mais, analisando-o e prevendo suas possíveis conseqüências e resultados.
Qualquer preleção que não promova isso é considerada simplesmente um monólogo. No mínimo, precisa haver troca de idéias.
Se nosso ouvinte não quer dar-se ao trabalho de pensar, estimule-o, fazendo perguntas, motivando seus sentimentos e emoções; despertando sua mente da inércia e colocando-a em atividade.
Não existem "frases mágicas" nem "palavras certas" para o bom desempenho em sala de aula. Do professor, basicamente, requer-se: observação do grau de convicção dos alunos a respeito da matéria do dia, domínio e certa vivência do assunto intelectual a ser tratado, lógica aliada ao bom humor, informações concretas e interpretações com exemplos claros.
O apóstolo da gentilidade, escrevendo aos fiéis em geral, solicitava que tratassem os "jovens como a irmãos" e "com toda pureza".
Ele sabia que a puberdade é a última etapa do crescimento em que os adultos exercem papel predominante e ativo na orientação dos adolescentes. Por isso, recomenda tratá-los com fraternidade e pureza, ajudando-os com muito amor e respeito, para que tenham uma vida melhor; ao mesmo tempo, proporcionando-lhes oportunidades para se realizarem em todas as áreas da atividade humana, inclusive na lavoura da Cristandade.
Os moços são velhos espíritos que renascem com capacidade própria de sentir e pensar, empreender e construir. Todos nós somos filhos emancipados da Criação, buscando a Vida Abundante.
O excesso de zelo e de receio em confiar atividades à juventude no Centro Espírita pode influenciá-la de modo negativo em sua auto-estima, desestimulando-a da obra do bem comum.
Alerta aos Espíritas
Revista Internacional de Espiritismo - março 2002
Reportagem de Otávio Caúmo Serrano |
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Muita Paz
Evolução do Espiritismo
Muita Paz
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O Espírita
Livro: Seara de Luz
Irmão José & Carlos Baccelli
Irmão José & Carlos Baccelli
O espírita consciente de seus deveres não desanima ante as dificuldades naturais do caminho estreito.Sabe que a luta é difícil, mas confia na vitória da perseverança.Compreendendo a tarefa que lhe cabe desempenhar na construção de um mundo novo, trabalha sem esmorecimento na seara do bem, vivenciando a fé nas menores atitudes.Coopera com todos, sem exigir cooperação.Incentiva os companheiros de ideal, certo de que cada um faz o que está ao alcance de suas possibilidades.Entende as suas e as limitações alheias, porquanto o Espiritismo lhe esclarece que todos somos Espíritos em evolução, ainda presos ao passado de erros exigindo resgate no presente.O Espírita, embora seja um homem como qualquer outro, com os mesmos anseios e aspirações, é chamado a influenciar na espiritualização das criaturas a partir do próprio exemplo.Valorizando o tempo que muitos desprezam, renuncia aos prazeres e facilidades terrestres, aproveitando cada minuto que lhe é concedido pela reencarnação no sentido de melhorar-se.Convicto sobre a transitoriedade dos bens materiais exercita o desprendimento, retendo consigo apenas aquilo de que tenha absoluta necessidade.Adepto da Fé Raciocinada, o espírita busca fugir a extremismos de opinião, cônscio de que o fanatismo religioso é um dos maiores entraves ao progresso da Humanidade.No recinto doméstico, é o servidor que se sacrifica pela felicidade dos corações amados.Na via pública, é o amigo da caridade, sempre vigilante de forma a não perder a oportunidade de ser útil.No ambiente de trabalho, é o companheiro que se faz admirado pela gentileza e pela competência.O espírita na instituição a que se vincula, é o irmão que não se preocupa com a disputa de cargos, mas, sim, em cumprir com alegria os encargos que lhe dizem respeito, na certeza de que "o maior no Reino dos Céus é o que se fizer na Terra o servidor de todos".Não critica a ninguém.Não agasalha a vaidade.Não se julga privilegiado.Não participa de discussões estéreis.Não se faz instrumento da maledicência.A respeito dele, escreveu Allan Kardec: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende para domar as suas más inclinações".Vejamos que não se trata de exibir atestado de santidade, mas de renovar-se a cada dia nos esforços de todo instante, levantando-se das possíveis quedas e seguindo adiante, com o fardo que sustenta aos próprios ombros.
Missão do Espiritismo
Livro: Roteiro
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier |
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Muita Paz
O Homem Novo
Livro: O Homem Novo
J. Herculano Pires
J. Herculano Pires
Para construir um mundo novo precisamos de um homem novo. O mundo está cheio de erros e injustiças porque é a soma dos erros e injustiças dos homens. Todos sabemos que temos de morrer, mas só nos preocupamos com o viver passageiro da Terra. Por isso, a humanidade desencarnada que nos rodeia é ainda mais sofredora e miserável que a encarnada a que pertencemos. "As filas de doentes que eu atendia na vida terrena - diz a mensagem de um espírito - continuam deste lado."Muita gente estranha que nas sessões espíritas se manifestem tantos espíritos sofredores. Seria de estranhar se apenas de manifestassem espíritos felizes. Basta olharmos ao nosso redor - e também para dentro de nós mesmos - para vermos de que barro é feita a criatura humana em nosso planeta.Fala-se muito de fraude e mistificação no Espiritismo, como se ambas não estivessem em toda parte, onde quer que exista uma criatura humana. Espíritos e médiuns que fraudam são nossos companheiros de plano evolutivo, nossas colegas de fraudes cotidianas.O Espiritismo está na Terra, em cumprimento à promessa evangélica de Consolador, para consolar os aflitos e oferecer a verdade aos que anseiam por ela. Sua missão é transformar o homem para que o mundo se transforme. Há muita gente querendo fazer o contrário: mudar o mundo para mudar o homem. O Espiritismo ensina que a transformação é conjunta e recíproca, mas tem que começar do homem. Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma.Inútil, pois, apelar para modificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de nós mesmos.O homem novo que nos dará um mundo novo é tão velho quanto os ensinos espirituais do mais remoto passado, renovados pelo Evangelho e revividos pelo Espiritismo. Sem amor não há justiça e sem verdade não escaparemos à fraude, à mistificação, à mentira, à traição. O trabalho espírita é a continuação natural e histórica do trabalho cristão que modificou o mundo antigo. Nossa luta é o bom combate do apóstolo Paulo: despertar as consciências e libertar o homem do egoísmo, da vaidade e da ganância."Os anos não nos dão experiência nem sabedora - dizia o vagabundo de Knut Hamsun - mas nos deixam os cabelos horrorosamente grisalhos." É o que vemos no final desse poema bucólico da Noruega que é "Um Vagabundo Toca na Surdina". Knut Hamsun era individualista e sobretudo um lírico do individualismo. Mas o homem que se abre para o altruísmo sabe que as verdades do indivíduo são geralmente moedas falsas, de circulação restrita. A verdade maior - ou verdadeira - é a que nasce do contexto social, da usina das relações, onde o indivíduo se forma pelo contato com os outros.Os anos não trazem apenas os cabelos brancos - trazem também a experiência, mestra da vida, e com ela a sabedoria. É no dia a dia da existência que o homem vai modelando aos poucos a sua própria argila, o barro plástico de que Deus formou o seu corpo na Terra. Cada idade, afirmou Léon Denis, tem o seu próprio encanto, a sua própria beleza. É belo ser jovem e temerário, mas talvez seja mais belo ser velho e prudente, iluminado por uma visão da vida que não se fecha no círculo estreito das paixões ilusórias. O homem amadurece com o passar dos anos.A vida tem as suas estações, já diziam os romanos. À semelhança do ano, ela se divide nas quatro estações da existência que são: a primavera da infância e da adolescência, o verão da mocidade e outono da madureza e o inverno da velhice. Mas também à semelhança dos anos, as vidas se encadeiam no processo da existência, de maneira que as estações se renovam em cada encarnação.Viver, para o individualismo, é atravessar os anos de uma existência. Mas viver, para o altruísta, é atravessar as existências palingenésicas, as vidas sucessivas, em direção à sabedoria. O branquear dos cabelos não é mais do que o início das nevadas do inverno. Mas após cada inverno voltará de novo a primavera.A importância dos anos é, portanto, a mesma das léguas numa caminhada em direção ao futuro. Cada novo ano que surge é para nós, os caminheiros da evolução, uma nova oportunidade de progresso que se abre no horizonte. Entremos no ano novo com a decisão de aproveitá-lo em todos os seus recursos. Não desprezemos a riqueza dos seus minutos, das suas horas, dos seus dias, dos seus meses.Cada um desses fragmentos do ano constitui uma parte da herança de Deus que nos caberá no futuro.
Muita Paz
Educação à Luz do Espiritismo
Livro: A Educação à Luz do Espiritismo
Lydienio Barreto Menezes
"Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto de hábitos adquiridos.Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos" (O Livro dos Espíritos - Questão 685 - Nota de Kardec)"... é rebuscando a causa primeira dos instintos e das inclinações inatas que se descobrirão os meios mais eficazes de combater os maus e desenvolver os bons. Quando esta causa for conhecida, a educação possuirá a mais poderosa alavanca moralizadora que jamais teve." (Revista Espírita - Junho de 1866 - Comentário de Kardec)Ao final da Idade Média, período de obscurantismo em que o pensamento humano foi refreado, a humanidade entrou na Renascença, na qual as artes e a ciência tomaram grande impulso, levando o homem a vislumbrar horizontes novos. Para acompanhar essa eclosão do intelectualismo, surgiu a necessidade de novas escolas e universidades. A partir daí, apareceram as primeiras escolas pedagógicas, tendo como precursores Jean Jacques Rousseau, Pestalozzi e outros. A Educação tornou-se uma ciência cada vez mais progressista, surgindo novos métodos e novas escolas pedagógicas, contando com o contributo de eminentes pedagogos, tais como Piaget, Rogers e Maria Montessori.Se por um lado, esses trabalhos e a introdução de novas técnicas didático-pedagógicas auxiliaram o desenvolvimento intelectual do homem, atingindo graus nunca imaginados, principalmente nas áreas da ciência e da tecnologia, não conseguiram resolver os problemas sociais que envolvem o homem e seu semelhante, ocasionando um sério desnível entre o intelectualismo e a moral..Por isso, Allan Kardec, já no século passado, conceitua a educação, não como uma ciência e sim como uma arte, único elemento capaz de inverter esse desequilíbrio. "Não a educação intelectual, mas a educação moral", diz ele, complementando: "Não a educação moral pelos livros e sim aquela capaz de formar os caracteres", isto é, os hábitos de ordem e de previdência.Para tanto, vem o Espiritismo, a partir dos livros da Codificação, fornecendo vasto material neste campo, quer escritos por autores encarnados, tais como J. Herculano Pires, Rubens Romanelli e Pedro de Camargo (Vinícius), ou através de autores desencarnados, Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis, Vianna de Carvalho e tantos outros, como subsídios para que o homem, como ser imortal, retome o equilíbrio intelecto-moral, tão importante para o seu progresso e conseqüentemente para o crescimento espiritual da Humanidade.Joanna de Ângelis, no livro Estudos Espíritas (Psicografia de Divaldo Pereira Franco - Edição FEB) afirma: "A educação encontra no Espiritismo respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos reiniciantes do sublime caminho redentor, através dos quais os tornam homens voltados para Deus, o bem e o próximo."Vinícius na lição "As gerações futuras", de seu livro O Mestre na Educação - Edição FEB, conta-nos o seguinte fato sobre a educação:Licurgo, célebre orador ateniense, fora, certa ocasião, convidado a falar sobre a Educação. Aceitou o convite, sob a condição de lhe concederem três meses de prazo. Findo esse tempo, apresentou-se perante numerosa e seleta assembléia, que aguardava, ávida de curiosidade, a palavra do consagrado tribuno.Licurgo apareceu, então, trazendo consigo dois cães e duas lebres. Soltou o primeiro mastim e uma das lebres. A cena foi chocante e bárbara. O cão avança furioso sobre a lebre e a despedaça. Soltou, em seguida, o segundo cachorro e a outra lebre. Aquele pôs-se a brincar com esta amistosamente. Ambos os animais corriam de um lado para o outro, encontrando-se aqui e acolá para se afagarem mutuamente.Ergue-se, então, Licurgo na tribuna e conclui, dirigindo-se ao seleto auditório:"Eis aí o que é a educação. O primeiro cão é da mesma raça e idade que o segundo. Foi tratado e alimentado em idênticas condições. A diferença entre eles é que um foi educado e o outro não."Eis porque, o grande educador e escritor espírita, no livro acima mencionado afirma:EDUCAR: EIS O RUMO A SEGUIR, O PROGRAMA DO MOMENTO."
Entre saber e brilhar A diferença é sabida: Cultura faz-se num mês, Educação pede a vida.
Múcio Teixeira & Francisco Cândido Xavier
Página aos Espíritas
Página aos Espíritas
Livro: Canais da Vida
Emmanuelç & Francisco Cândido Xavier |
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Muita Paz
Missão Espírita
Missão Espírita
Livro: Mãos Unidas
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
Ruge na Terra tormenta renovadora.O mundo social assemelha-se a grande cidade hesitando nos fundamentos.O colapso de valores seculares da civilização, embora exprima ansiedade pelo que é novo, lembra a destruição de antigo cais, efetuada imprudentemente, sem construções que o substituam.A licença desafia o conceito de liberdade.A indisciplina procura nomear-se como sendo revisão de conduta.É a tempestade de transição englobando lutas gigantescas e necessárias.No entrechoque das paixões e das sombras, a missão espírita há de ser equilíbrio que sane a perturbação e luz que vença as trevas.* * *Para isso, se trazes o coração alerta na obra criativa e restauradora, recorda que não se te pedem exibições de grandeza na ribalta da experiência.Sê a frase calmante que diminui a aflição ou o copo de água simples que alivie o tormento da sede.Inumeráveis são as lágrimas, não as aumentes.Enormes são os males, não os agraves.Problemas enxameiam em toda parte, não os compliques.Sofrimentos abarrotam caminhos, não lhes alargues a extensão.Conflitos obscurecem a vida, em todos os setores, não os estendas.* * *Muita vez, perante as dificuldades dos tempos novos, solicitas aviso e rumo do Plano Superior para o seguro desdobramento dos deveres que te cumpre desempenhar. E, sem dúvida, os poderes da Vida Maior não te recusarão esclarecimento e roteiro. Entretanto, é justo ponderar que, se esperamos pelas Forças Divinas, as Forças Divinas igualmente esperam por nós. Saibamos, conseqüentemente, prestigiá-las e acolhê-las, em nossa área de trabalho e de ideal, estimulando a sementeira da paz e fortalecendo o serviço de elevação.
Muita Paz
VIVER MELHOR
Viver Melhor
Livro: Respostas da Vida - 4
André Luiz & Francisco Cândido Xavier
André Luiz & Francisco Cândido Xavier
Todos queremos ser felizes, viver melhor.
Entretanto, ouçamos a experiência.
A felicidade não é um tapete mágico. Ela nasce do bem que você espalhe, não daqueles que se acumulam inutilmente.
Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma.
Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros.
Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento.
A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhor a que venhamos a realizar para os outros.
A vida é dom de DEUS em todos.
E quem serve só pra si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se.
Se aspiramos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos.
Para isso, não precisa você condicionar-se a alheios pontos de vista..
Engaje-se na filera de servidores que se lhe afine com as aptidões.
Aliste-se em qualquer serviço no bem comum.
É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente.
Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja.
Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros.
Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria.
Seja feliz, fazendo os outros felizes.
Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão encontrar DEUS.
Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.
#1 - Postado 23 novembro 2012 - 09:39
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CONHEÇA O ESPIRITISMO
CONHEÇA O ESPIRITISMOPrincípios Básicos do Espiritismo
Existência de Deus.
Deus existe. É a origem e o fim de tudo. É o Criador, causa de todas as coisas. Deus é a Suprema Perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação possa imaginar, e muito mais. Não podemos conhecer sua natureza, porque somos imperfeitos. Como uma inteligência limitada e imperfeita como a nossa poderia abranger o conhecimento ilimitado e perfeito, que é Deus?
O Que é o Espiritismo?
Espiritismo é uma doutrina revelada pelos Espíritos Superiores através de médiuns, e organizada ( codificada) por um educador francês, conhecido por Allan Kardec, em 1857. Surgiu, pois, na França, há mais de um século.
Mesmo entre as pessoas que se dizem espíritas, poucas conhecem realmente o Espiritismo. A grande parte prefere ouvir de outros, a ler as informações em fontes seguras. E, em se tratando de Doutrina Espírita, a fonte reconhecidamente segura são as obras de Allan Kardec.
Obras de Allan Kardec
1º) O LIVRO DOS ESPÍRITOS ( 1857)
2º) O LIVRO DOS MÉDIUNS ( 1861)
3º) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO ( 1864)
4º) O CÉU E O INFERNO ( 1865)
5º) A GÊNESE ( 1868)
Existem outras obras complementares de Allan Kardec, que podem ser lidas depois. Estas são as fundamentais, as essenciais para o conhecimento espírita.
Por que conhecer o Espiritismo?
A maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupa com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas particulares.
Acha que questões como “a existência de Deus” e a “a imortalidade da alma” são da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem em suas vidas, estas pessoas nem se lembram de Deus e, quando lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a igreja, como se tais atitudes fossem simples.
De que trata o Espiritismo?
O Espiritismo responde as questões fundamentais de nossa vida, como estas:
- Quem é você?
- Antes de nascer, o que você era?
- Depois da morte, o que você será?
- Por que você está neste mundo?
- Por que umas pessoas sofrem mais do que as outras?
O Espiritismo é a ciência
Dizemos que o Espiritismo é a ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais .
Não existe o sobrenatural no Espiritismo: todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos`, tem explicação científica. São, portanto, de ordem natural.
O Espiritismo é filosofia?
O Espiritismo é uma filosofia porque, a partir dos fenômenos espíritas, dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde você veio”, “o que você faz no mundo”, “para onde você vai, após a morte”.
Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
O Espiritismo é religião?
Dizemos, também, que o Espiritismo é religião, porque ele tem por fim a transformação moral do homem, retomando os ensinamentos de Jesus Cristo, para que sejam aplicados na vida diária de cada pessoa. Revive o Cristianismo na sua verdadeira expressão de amor e caridade.
O sentido da religião espírita?
O Espiritismo não é uma religião organizada dentro de uma estrutura clerical. Neste sentido, ele é profundamente diferente das religiões tradicionais. Não tem sacerdotes, nem chefes religiosos. Não tem templos suntuoso. Não adota cerimônias de espécies alguma, como batismos, crismas, casamentos, etc. Não tem rituais, nem velas, nem vestes especiais, nem qualquer simbologia. Não adota ornamentação para cultos, nem gestos de reverência, nem sinais cabalísticos, nem benzimentos, nem talismãs, nem defumadores, nem cânticos cerimoniosos ( ladainhas, danças ritualísticas).
Comunidade dos Espíritos
Os Espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, sinceros ou mentirosos.
Eles são por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas.
Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, por causa de nossas imperfeições. Não os vemos, por que se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos.
Os Espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, por que eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria.
para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereça recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns.
Texto extraído das obras de Allan Kardec
Sexta-feira, Janeiro 08, 2010
Divulgação Espírita
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Quinta-feira, Abril 24, 2008
Lei do Amor
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu património intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor actual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)
* * *
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu património intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor actual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)
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Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
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