ESTUDOS ESPIRITAS
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Evangelho no Lar
O Evangelho tradicional, conhecido e respeitado por todas as religiões; cujo significado é boa nova , contém os ensinamentos e o código moral do Cristo.
As parábolas e ensinamentos de Jesus contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo são explicados pelos espíritos de maneira acessível ao entendimento da maioria das pessoas.
Apesar da sua linguagem própria da época de Kardec, o evangelho se mantém incrivelmente atual e segue como um farol iluminando a escuridão do entendimento humano sobre a vida, seu sentido e significado.
A leitura semanal do Evangelho no lar é uma prática recomendada que deve ser iniciada e mantida como hábito da família e recurso de reflexão sobre os desafios e contradições do cotidiano.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é um manual de vida, portanto, sua leitura tem o potencial iluminador para quem busca conhecer, compreender e praticar os ensinamentos de Jesus.
Além de ser um referencial moral, serve ainda como recurso educativo e transformador.
Como fazer o Evangelho no Lar
Escolha um dia e um horário fixo na semana para fazer o Evangelho. Convide todas as pessoas da casa – incluindo as crianças – mas não obrigue ninguém a participar. Convide pessoas que trabalham na casa e visitantes eventuais a participar. O respeito à data e hora permitem que plano espiritual se organize e esteja presente às reuniões .
Coloque sobre a mesa, ou em outro local próximo, um recipiente, de preferência que seja de vidro transparente, com água para a fluidificação e sirva para as pessoas após o término da reunião. Outra forma é a de se colocar um copo ou uma garrafa de água com o nome de cada um que poderá ser tomada após a reunião ou durante a semana.
Não existe e nem precisa ser criado nenhum ritual para a leitura do evangelho, portanto, estar sentado em volta de uma mesa, em outro local qualquer, de mãos dadas ou não, com esta ou aquela cor de roupa não vai influenciar em nada. A sinceridade, a boa sintonia, os bons pensamentos e a intenção de fazer o bem são as únicas coisas que contam.
Inicie com uma breve prece agradecendo a oportunidade do momento, a reunião familiar, e o apoio dos espíritos protetores. A prece é uma conversa com Deus e não uma formula pré-estabelecida.
O Evangelho pode ser aberto ao acaso ou lido de maneira sistemática até completar sua leitura integral. Como o texto é dividido por mensagens breves de uma ou duas páginas, o tempo pode ser regulado pela leitura e debate destes trechos.
Após a leitura incentive os comentários com a participação daqueles que queiram emitir opinião sobre o conteúdo lido. Debata as dúvidas e as relações com os acontecimentos do dia-a-dia de cada um, lembrando sempre, que o momento é de reflexão e não de critica ao comportamento de quem quer que seja.
Após os comentários pode ser feito um momento de irradiação (pensamentos positivos emitidos para algumas pessoas que não estão presentes, para os hospitais, para a paz;, por exemplo). Os nomes podem ser expressos em voz alta ou apenas em silêncio com os pedidos que cada um achar coerente fazer em benefício do próximo – amigo ou não – Em seguida faz-se o encerramento da atividade com outra prece agradecendo mais uma vez pela oportunidade do encontro, os ensinamentos e entendimentos, o apoio dos espíritos protetores, a iluminação Deus e Jesus.
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O CENTRO ESPIRITA
- - Evangelho em seqüência:
- João Batista fala de si mesmo (Jo 1 - 29-34)
- João indicando Jesus diz: "Eis o cordeiro de Deus"(Jo 1 - 29-34)
- - Estudos Espíritas
Centro Espírita
É uma unidade basilar, como verdadeira célula da acção programática do Movimento Espírita, constituindo-se não só como um educandário de Espíritos, mas também como um actuante templo de orações e de fraterna vivência evangélica, através de uma conjugação de atividades beneméritas. É a abençoada instituição de cultivo do amor entre as criaturas encarnadas e desencarnadas, um santuário de reeducação espiritual.
Podemos imaginar este núcleo educativo e posto de socorro (...) na complexidade de uma usina e laboratório, hospital e escola, núcleo de pesquisas e célula de experiências valiosas, onde o coração e o cérebro se entreguem a inadiáveis tarefas de abnegação e fraternidade, de equilíbrio e união, de estudo e luz. (...)
É também um (...) posto de socorro espiritual e material (...)acolhendo (...) desde a criança (...) até os velhos, necessitados ou não de assistência e fraternidade. É templo, é casa de oração, é recanto de paz, acolhendo os desesperados, os angustiados, os revoltados. (...)
À que constactar, o idealismo, o anseio da prática da caridade em seus multiformes aspectos e a firme vontade de propagar a Doutrina têm sido as alavancas propulsoras da fundação e sustentação das instituições espíritas. (...)
O papel que o Centro Espírita deve desempenhar é primordialmente o de operar a propagação da Doutrina Espírita para a renovação do homem, integrando-o no grupo familiar, com vistas ao progresso moral e espiritual da sociedade. (...) Como escolas de formação espiritual e moral que devem ser, desempenham papel relevante na divulgação do Espiritismo e no atendimento a todos os que nele buscam orientação e amparo. (...)
Cabe ao Centro Espírita, ainda, a responsabilidade (...) de mobilizar todos os recursos possíveis à instrução, orientação, alertamento e educação dos encarnados, seja na infância, na mocidade, na madureza ou na velhice, a fim de que se desincumbam com êxito de suas tarefas. (...)
Incumbe-lhe mais a atribuição de promover, em clima de harmonia, a Unificação. Recomenda o opúsculo Orientação ao Centro Espírita, que todo o Centro deve se unir com o propósito de confraternização, permutando experiências para o aprimoramento das próprias actividades e das realizações comuns. A este propósito, estarão os Centros observando a própria orientação sugerida por Kardec ao escrever. (...) Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia, consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã.(...)
Da relevância das suas atribuições, da magnitude da sua missão, através de suas múltiplas actividades actuais, ressalta toda a imensurável e notável importância de seu papel no Mundo Contemporâneo, tão envolto em graves crises e tormentosas convulsões sociais.
Em verdade, ao aplicar a Doutrina, ensinando e promovendo a sua prática pelo exercício contínuo da lei de amor, atendendo aos necessitados, O Centro Espírita estará realizando o que de mais edificante e altaneiro podia alcançar: a evolução moral e espiritual do homem e da Humanidade, conduzindo ambos ao reino de luz, de paz e de bem-estar geral. Por tudo isso, bem se pode aquilatar de sua inestimável e insuperável importância.
O Centro Espírita desenvolve múltiplas realizações agrupadas em actividades básicas, administrativas, de comunicação e de unificação. As atividades que se relacionam com o objetivo da Doutrina são as básicas, discriminadas actualmente em Orientação ao Centro Espírita (obra citada) na seguinte ordem:
01. Promover o estudo metódico e sistemático da Doutrina Espírita e do Evangelho à luz do Espiritismo.
02. Promover a evangelização da criança à luz da Doutrina.
03. Incentivar a orientação da juventude na teoria e na prática doutrinária, integrando-a em suas tarefas.
04. Divulgar a Doutrina Espírita através do livro.
05. Promover o estudo da mediunidade, orientando as atividades mediúnicas.
06. Desenvolver actividades de assistência espiritual, mediante a utilização dos recursos oferecidos pela Doutrina, inclusive reuniões privativas de desobsessão.
07. Manter um trabalho de atendimento fraterno, pelo diálogo, com orientação e esclarecimento às pessoas que buscam o Centro.
08. Promover serviço de assistência social espírita, assegurando suas características beneficentes, preventivas e promocionais.
09. Incentivar e orientar a instituição do Culto do Evangelho no Lar.
Bibliografia: Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita - FEB - Programa I - Edição 1996
XAVIER, Francisco Cândido. In: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
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CRONOLOGIA DO ESPIRITISMO
I N T R O D U Ç Ã O
Existe uma dificuldade para se determinar uma data para o aparecimento do Espiritismo. Sabemos que os fatos espíritas existiram desde todos os tempos, mas os espíritas ingleses e americanos costumam indicar como data inicial do movimento espírita moderno o dia 31/03/1848, que assinala o episódio mediúnico de Hydesville (irmãs Fox).
Existe uma época que podemos chamar de pré-história do Espiritismo, com os factos da Antiguidade e da Idade Média, e uma época de preparação do advento do Espiritismo, que foi a de Emanuel Swedenborg (1688-1772).
A Igreja, cujos dirigentes ensinavam uma vida após a morte (ressurreição, etc), mas que nunca souberam, puderam ou quiseram provar, passou a atacar ferozmente os fatos e os únicos indivíduos através dos quais essa prova ‚ cientificamente possível, e que o faziam e o fazem sem qualquer intuito de combate ou de desdouro as organizações religiosas. Perdia a Igreja a grande oportunidade de demonstrar a existência da alma e o seu cortejo de consequências e, do mesmo passo, de levar os seus promitentes para uma nova etapa, Além de a eles anexar os que em nada acreditavam, passando-os da forma‚ imposta, do desinteresse e da negação, para uma forma sistemática, para uma forma‚ raciocinada, na qual os próprios dogmas, e os ritos viriam a ser respeitados como valores históricos e como símbolos que tinham tido a sua função no espaço e no tempo e dos quais os Espíritos seriam emancipando, na medida de sua mesma evolução. Do outro lado, atraídas pêlos fatos, tomando contato com os seus mortos queridos, as massas menos cultas, ou mesmo incultas, foram, pôr um compreensível sincretismo religioso, que a ortodoxia não tolerava, mas que, fina força, aquelas queriam que subsistisse, transformando o Espiritismo numa religião ritualistica.
Se, de um lado, o despreparo geral as empurrava nessa direção, foram desistimuladas pelas excomunhões, pela pressão política exercida pela Igreja contra as massas espíritas e principalmente contra os médiuns. E o Espiritismo, que de início atraíra a atenção das camadas mais cultas, pouco a pouco foi sendo pôr estas abandonado, ou praticado nas ocultas, para que se não comprometessem interesses materiais - sobretudo os políticos - dado o prestígio que a Igreja desfrutava junto ao poder civil, nos países em que havia separação legal entre ela e o Estado.
Então a doutrina caiu nas mãos do povo e a sua prática se alterou. Mas houve uma diferenciação entre neolatinos e anglo-saxãos. Nos países de origem latina, onde predomina a igreja Católica - de todas a mais intolerante - os espíritas foram excluídos de seu seio. E, teimosamente, ela apresentou aquele do qual poderia ter feito o seu melhor aliado como um adversário temível, como uma nova religião, embora lhe faltassem os requisitos essenciais de uma religião, a saber: um conjunto de dogmas, um ritual e uma hierarquia sacerdotal. De maneira que, se luta existe entre ela e o Espiritismo, não foi este quem a provocou.
Mas nos países saxônicos a coisa ‚ diferente, os promitentes da religião estão mais íntima e solidamente ligados na sua igreja: são eles e não os pastores que a administram e desenvolvem as obras assistências; com um ritual mais pobre, enriquecem o Espírito pelo estudo. Assim, o surgimento dos fenômenos espíritas não foi ignorado nem amaldiçoado, mas recebido como uma prova da sobrevivência da alma e uma confirmação dos ensinos bíblicos. Os anglo-saxões, particularmente os ingleses e americanos, aceitaram a revelação espírita com uma restrição, não admitindo o principio reencarnacionista. Pôr muito tempo, esse fato serviu de motivo a ataques e críticas ao Espiritismo, o que não impediu que o movimento seguisse naturalmente o seu curso. A codificação Kardeciana, cujos princípios giram praticamente em torno da lei da reencarnação, foi repelida inicialmente pêlos anti-reencarnacionistas.
No movimento espírita, como em todos os movimentos, as coisas vão se definindo aos poucos, através do tempo, não se mostrando logo com a precessão necessária. Semente agora ‚ que a figura de Kardec, reconhecida há muito, nos países latinos, como codificador do Espiritismo, vai se impondo também nas suas verdadeiras dimensões, ao mundo anglo-saxão.
Todas as descobertas e todos os empreendimentos tem a sua razão de ser e servir ou aparecendo, na proporção que se possam adaptar ao meio. Os choques do passado foram muitos: Galileu, perseguido e martirizado, pôr ter-se lembrado de falar sobre o movimento da Terra, coisa impossível, ideia louca; Genner com a sua vacina contra a varíola, que afirmaram pretender ele inocular a bestialidade no homem; Horário Weiss, descobridor da anestesia, sofreu tantas perseguições que acabou se matando; em 1470 o Parlamento francês confiscou os primeiros livros impressos introduzidos em Paris!. O povo considerava os tipógrafos e os impressores como bruxos, chegando a pedirem, em 1533, a supressão da imprensa; Dominico, foi morto na masmorra pôr ter demonstrado a significação do arco-íris; e vai pôr aí a fora.
Disse Kardec: "A Ciência marchar com os homens, sem os homens e apesar dos homens".
Os espíritos precisavam fazer saber aos encarnados de sua existência, e assim começaram a utilizar os médiuns de efeitos físicos para produzir os mais diversos tipos de fenômenos, tais como: ruídos (conhecidos como "raps"), materializações e desmaterializações, fenômenos de transporte, voz directa, etc.
Os termos Espírita, Espiritualista e Espiritista correm lado a lado até‚ que Allan Kardec definiu como sendo Espiritismo a doutrina dos espíritos codificada pôr ele (reencarnacionista), sendo então Espírita quem ‚ participasse desta doutrina. Os norte-americanos e ingleses (não-reencarnacionistas) usam mais o termo Espiritualista ou Espiritista as vezes Espírita.
Na Europa e na América do Norte, Espiritismo significa principalmente intercâmbio com entidades desencarnadas; os princípios doutrinários não o objecto de interesse. As pessoas estão o primariamente interessadas em obter consolações, alegrias, informações e não em se modificarem.
C R O N O L O G I A
Sócrates (470 - 399 a.C.), afirmava que os homens que viveram na Terra encontram-se após a morte e se reconhecem. Pôr pensar desta maneira, e difundir estas idéias, foi condenado a pena de beber cicuta (veneno);
Platão (427 - 347 a.C), foi discípulo de Sócrates e sua doutrina exerceu profunda influência em toda a filosofia ocidental. Foi o fundador do espiritualismo;
Pitágoras (570 - 496 a.C.) considerava que "a alma ‚ a verdadeira substância distinta do corpo, ao qual preexiste";
Demécrito (470 - 360? a.C.), um dos precursores da teoria atômica, estabelecia uma analogia entre a matéria e o Espírito. Dizia que "A matéria e o Espírito são formados de átomos, no entanto, os tomos do espírito são mais subtis que os materiais e são chamados tomos de fogo";
Sócrates afirmava que "a alma ‚ a causa da vida do corpo; desde que esse princípio animador o abandone, o corpo perece"; ???? ** Varias passagens bíblicas assinalam fenômenos mediúnicos (ver no final o ítem Aspecto Religioso do Espiritismo).
1520 ** Ruídos estranhos em Oppenheim, Alemanha, na casa de Melancthon.
1650 ** Havia pesquisas com ectoplasma (Vaugham - filósofo) que o denominou de mercúrio, pôr óbvios motivos de censura impostos pela Igreja. Outros nomes para o ectoplasma: plasma, teleplasma e ideoplasma (ver mais a frente o ítem correspondente a ectoplasma).
1661 ** Ruídos estranhos em Tedworth, Inglaterra, na casa de Mrs. Mompesson.
1716 ** Ruídos estranhos em Epworth Vicarage, e veja mais adiante o caso das irmãs Fox.
Isaac Newton (1642 - 1727) dizia que o Espírito nada mais ‚ do que um corpo de luz não material.
1744 ** EMANUEL SWEDENBORG (Um precursor doutrinário do Espiritismo).
Swedenborg (1688-1772), cientista, engenheiro de minas, autoridade em física e astronomia, zoologista, anatomista, financista, político, estudioso da Bíblia, engenheiro militar e místico sueco foi quem, em 1744 afirmou ter recebido um aviso divino para se tornar "tanto um vidente quanto um anunciador da verdade espiritual e da doutrina que está pôr trás do sentido simbólico e literal das "Sagradas Escrituras". Com a idade de 54 anos era um dos homens mais cultos de sua época, pois o então Presidente da Sociedade Real, sir Hans Sloan, convidou-o para membro honorário daquela sociedade. Em 1749 publicou em Londres sua obra "Arcana Coelistia", em 4 volumes, que expunham sua doutrina, as interpretações espirituais das Escrituras, especialmente do Gênese e do Êxodo. Há muita fantasia em seus escritos (muita gente supunha-o esquizofrênicos , mas seu pensamento ‚ sempre sistemático.
As experiências citadas em seu diário, se ocorressem com um homem comum seriam suficientes para levá-lo ao hospício. Swedenborg conversava, ou pensava conversar com Lutero, Calvino, Santo Agostinho, São Paulo, inclusive afirmando que o próprio Senhor o teria visitado com o intuito de escolhe-lo para explicar a Bíblia ao mundo inteiro.
Swedenborg não suportava a religião materialista. Acreditava que todas as religiões deviam estar relacionadas com a vida e pregar um amor ardente das pessoas. O inferno não era o local onde os pecadores sofreriam penas eternas, mas antes um estado de espirito que o fiel podia adotar livremente. Depois da morte, o indivíduo permanece mais ou menos como era antes: a personalidade não sofre uma mudança radical, e o mundo do além ‚ uma réplica do universo que vivemos. Dizia também que o mundo celeste corresponde em tudo ao humano, e até‚ mesmo o casamento encontra um paralelo no matrimônio celeste das almas irmãs.
Imanuel Kant, filósofo alem„o (1724-1804), ocultou sua influência sob a zombaria do opúsculo "Sonhos do Vidente Espiritual". Goethe foi mais sincero emsua gratidão e seu "Fausto" estão repleto de alusões ao universo de Swedenborg, cuja doutrina abrangia três graus essenciais: Fim, Causa e Efeito. Afirmava ainda que a liberdade do homem permite que ele escolha e faça o bem. Ao morrer, o homem penetra no reino dos espíritos, de onde pode subir aos céus, ou descer ao inferno, tornando-se um demônio.
Faleceu de uma síncope em Londres no dia 29 de março de 1772, com 84 anos de idade.
No ano de 1788 foi fundada pêlos seus adeptos, em Londres, a Igreja Nova Jerusalém, que hoje conta com cerca de 100 mil sectários pelo mundo.
1830 ** EDWARD IRVING: os shakers
Pertenceu a uma classe pobre de trabalhadores escoceses, nasceu em Annan, em 1792. Era cura de uma igreja e certos membros de sua congregação tinham sido tomados de maneira estranha em suas próprias residências e discretas manifestações ocorriam na sacristia e outros recintos, sendo o serviço da igreja as vezes interrompido pôr gritos de possessos, muitas vezes considerados com obras do diabo. Os fenômenos físicos começaram a surgir etinham como finalidade despertar a atenção dos cépticos.
As comunidades dos shakers, nos E.U.A., ligados aos Quakers, começaram a dar vazão nas comunicações, principiados pôr obsessões de vez em quando, de quase toda a comunidade. Vários espíritos de índios se comunicavam.
Os shakers contavam com um homem de notável inteligência, chamado F.W. Evans, que relatou vários fatos ao jornal "New York Daily Graphic" em 1874 e depois da primeira perturbação física e mental, causada pelo aparecimento daqueles espíritos (algumas obsessões), pôs-se a estudar o verdadeiro significado das ocorrências. Chegou a conclusão de que o assunto poderia ser dividida em 3 fases. A 1ª consistia em provar ao observador que a coisa era verdadeira. A 2ª era a fase da instrução, na qual mesmo o mais humilde espírito pode trazer informações de sua própria experiência pós-morte. A 3ª fase, dita missionária, era a sua aplicação prática.
Os shakers chegaram a conclusão de que os índios não tinham vindo ensinar, mas aprender. Assim catequizaram-nos como foi possível, exatamente como o teriam feito em vida (doutrinação). Pôr que espíritos mais elevados não cuidavam desse ensino? A resposta dada a Conan Doyle foi: "Essa gente está muito mais próxima de vocês do que de nós. Vocês podem alcança-los onde nós não podemos".
1844 ** ANDREW JACKSON DAVIS
Nasceu em 1826, nas margens do rio Hudson, N.Y.. Tinha visões desde pequeno e foi orientado pôr um pensador avançado de nome Livingstone, que passou a usar a clarividência de Davis para o diagnóstico de doenças. Cada orgão do paciente aparecia claramente e com radiação especial e peculiar, que se obscurecia em caso de doença. Al‚m da missão humanitária, em que geralmente se empenhava, as vezes vagava livremente; então descrevia, em magníficas passagens, como via a terra translúcida, abaixo dele, com grandes veios de depósitos minerais, como que brilhando através das massas de metal fundido, cada qual com sua radiação peculiar. Projetava-se facilmente para fora de seu corpo. Acompanhou, em projeção, o desencarne de uma pessoa. Profetizou, antes de 1856, o surgimento do automóvel, da máquina de escrever e do avião. Em 1847 previu a comunicação entre espíritos da Terra com os de Marte, Júpiter e Saturno. Previu, em 1847, o aparecimento do Espiritismo.
Foi testemunha de fenômenos do Poltergeist, produzidos na casa de um amigo, o Dr. Phelps, no início de 1850.
1846 ** IRA ERASTUS DAVENPORT e WILLIAN HENRY DAVENPORT
Nasceram em Búffalo, N.Y., em 1839 e 1841 respectivamente.
Em 1846, 2 anos antes das manifestações nas irmãs Fox, a família era perturbada pôr batidas, socos, altos ruídos e estalos. Eles experimentaram colocar as mãos sobre a mesa e mensagens eram recebidas através de letras.
Ira desenvolveu a escrita automática. Logo surgiu a levitação e o rapaz era suspenso no ar, pôr cima das cabeças dos que se achavam na sala.
Centenas de cidadãos respeitáveis de Búffalo presenciaram os fatos.
Um lpis foi visto escrevendo em plena luz do dia, sem qualquer contato humano. Houve fenômenos de voz direta.
Em 1857, professores da Universidade de Harvard fizeram várias experiências com os rapazes (que tinham 18 e 16 anos). Eles haviam se submetido com êxito a todas as provas que o engenho humano podia inventar e mesmo assim foram denunciados como trapaceiros e mistificadores.
Nas várias experiências, os irmãos eram amarrados juntos, a vista de todos e vários instrumentos musicais a volta deles tocavam percutidos pôr mãos materializadas. Sofreram violências físicas em algumas apresentações públicas na Inglaterra, em 1865. Foram aconselhados pelo sempre presente espírito monitor que as manifestações deviam ser conservadas acima do nível dos divertimentos teatrais. Pôr isso recusaram as elevadas somas que lhes eram oferecidas.
1848 ** O EPISÓDIO DE HYDESVILLE (N.Y.)
Um mascate ‚ assassinado numa casa em Hydesville.
Uma família de fazendeiros de nome Fox, metodistas, mudou-se para a casa, e tinha 2 filhas no tempo em que as manifestações atrairam a atenção geral. Eram Margaret de 14 anos e Kate de 11 anos.
Estamos no ano de 1848 e os ruídos (raps) em sons de arranhões começaram a ser ouvidos, idênticos aos que foram registrados em outros locais do mundo (vide início do texto).
Em março de 1848, os ruídos aumentaram de intensidade. As vezes eram batidas, as vezes arrastar de móveis. As camas tremiam e se moviam.
Em 31/03/1848, Kate Fox desafiou a força invisível a repetir as batidas que ela dava com os dedos, no que estabeleceu-se um diálogo.
Chegaram a conclusão de que aquela força podia ver e ouvir, pois Até dobrava o dedo sem fazer barulho e o arranhão respondia. A mãe fez uma série de perguntas para serem respondidas com números, todas acertadas.
Estabeleceu-se uma reunião com vizinhos que perguntavam muito. Ele (o dono dos ruídos) informou ser um espírito e que tinha sido assassinado naquela casa e disse o nome do antigo inquilino, que o matara, e tinha sido enterrado na adega a 10 pés de profundidade. Seu nome era Charles B. Rosma.
Isaac Post, um quaker de Rochester, coordenou as mensagens sob a forma de alfabeto. Em 02/04/1848 constatou-se que os arranhões se produziam tanto de dia como a noite.
No verão de 1848 escavaram a adega e encontraram restos de ossos humanos. Cinqüenta e seis anos mais tarde, em 1904, um jornal de Boston noticiava que: "o esqueleto do homem que se supõe ter produzido ruídos ouvidos pelas irmãs Fox, em 1848, foi encontrado na casa ocupada pôr elas e sem dúvida comprova a sinceridade na descoberta da comunicação dos espíritos."
Vários outros fenômenos ocorreram na família do diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester e em outras famílias de outras cidades, deixando evidente que não estavam ligados somente nas meninas.
Sucederam-se casos de pessoas que seguiram conselhos de espíritos pouco sérios e se deram mal, colocando em risco suas vidas.
NOTA...: O médium não evangelizado e não educado para servir no Bem ao proximo, sem interesse e com humildade, geralmente se atrapalha em suas próprias inferioridades. Sabemos que os espíritos são como nós: inferiores, superiores, interesseiros, bons, maus, sábios, evoluídos, zombeteiros, enfim de todas as qualidades, de acordo com a evolução moral e/ou intelectual que tenha atingido até‚ então e se ligam a nós pela sintonia mental, ou seja, iguais ou semelhantes se atraem.
Muitas vezes levantou-se a questão: "Qual o objetivo da tão estranho movimento naquela época especial ?"
A resposta a esta pergunta foi feita em duas ocasiões diferentes, em dois anos diversos e através de médiuns diversos. Em ambos os casos a resposta foi idêntica. A 1ª dizia: "O para conduzir a humanidade em harmonia e para convencer os cépticos da imortalidade da alma."; a 2ª dizia: "É para unir a humanidade e convencer as mentes cépticas da imortalidade da alma".
Durante alguns anos as 2 irmãs Fox fizeram sessões em N.Y. e em outros lugares. Horace Greeley, posteriormente candidato á presidência dos E.U.A., achava-se profundamente interessado pôr elas e convencido de sua honestidade.
Ocorre, porém que elas acabaram se envolvendo com vícios (álcool) e em caminhos degenerativos da mente e do caráter, pôr serem inexperientes e não encararem o contato com os espíritos de maneira séria, com objetivos sadios e sem interesse material.
Em dezembro de 1872, Miss Fox casou-se com Mr. H.D. Jencken, um advogado londrino que foi um dos primeiros espiritas da Inglaterra. Durante o almoço de gala do casamento foram ouvidas várias batidas, em várias partes da sala e a mesa sobre a qual se achava o bolo foi repetidamente levantada do solo.
Em algumas sessões na América ocorreram materializações e transporte de objetos de uma sala para outra.
O prof. Willian Crookes (1832-1919 - físico e químico inglês, descobridor do elemento químico Túlio e dos raios catódicos) fez um inquérito sobre os poderes da médium e pode constatar numerosos efeitos físicos.
A Mediunidade de Miss Fox (agora Mrs. Jencken) se mesclava em todos os atos de sua vida diária.
O prof. Butlerof, da Universidade de São Petesburgo, quando fez uma visita matinal ao casal, em companhia de Mr. Aksakof, ouviu batidas no assoalho. Em 04/02/1876 o prof. Butlerof escrevia: "os fenômenos dessa médium são fortemente convincentes e objetivos."
Em 09/05/1882 houve casos de psicografia em que a médium era a Mrs. Jencken, já viúva e com 2 filhos que manifestaram mediunidade na mais tenra idade.
Pôr volta de 1888 estiveram envolvidas com ganhos monetários advindos de apresentações espiritas. Já debilitadas pelo alcoolismo, chegaram a alegar que os fenômenos eram uma farsa e mais tarde arrependeram-se pôr ter caluniado o Espiritismo, readmitindo a veracidade dos efeitos.
As irmãs Fox desencarnaram pôr volta de 1892 e seu fim foi triste e obscuro.
Está claro que um médium que emprega mal os seus dons sofre com a degradaçao do caráter e torna-se acessível nas influências maléficas.
Dr. Crawford, investigador do fenômenos das batidas, conclui que as mesmas são causadas pela projeção, pelo médium, de um longo fio de uma substância diferente de qualquer matéria até então conhecida. Tal substância foi cuidadosamente examinada em 1903 (ver adiante) pelo eminente fisiologista francês Dr. Charles Richet (1850-1935, Nobel de medicina em 1913), que a chamou de ectoplasma.
Estes fios são invisíveis aos nossos olhos e parcialmente visíveis na placa fotográfica e conduzem energia de tal maneira, que há perigo quando o médium de efeitos físicos não trabalha pela sua moralização, perigos que são: enfraquecimento da vontade, tentativa de recuperar as energias pôr meio do álcool, tentativa de fraudar quando as forças aumentam e influência prejudicial de espíritos zombeteiros que cercam os grupos que se reúnem mais pôr curiosidade do que pôr interesse sério.
Teoria da criptestesia de Charles Richet: "O homem tem um corpo etérico com muitos dons desconhecidos, entre os quais um poder de manifestação exterior em formas curiosas. Há uma etapa preliminar e elementar em todo trabalho psíquico que depende de um poder inato e possivelmente inconsciente do médium."
Logo que o caso das irmãs Fox foi divulgado, inúmeros outros casos começaram a se tornar públicos, pois 10 anos antes havia casos, em vários locais, que não eram divulgados tanto pôr medo do ridículo, quanto pela ignorância do que isso fosse.
Resumo do depoimento do juiz John W. Edmonds, um grande caráter e inteligência brilhante: "Em janeiro de 1851 tive minha atenção chamada para as manifestações espiritas. Dedicava todo o meu tempo a leituras sobre a morte e a sobrevivência do homem. Durante minha vida, a esse respeito, não tive doutrinas senão contraditórias e descrentes, que dificilmente saberia em que acreditar. Fui convidado a assistir as "batidas de Rochester". Resolvi investigar para verificar se não era mistificação durante 4 meses e a prova veio com tal poder que nenhum homem equilibrado lhe poderia negar fé."A experiência mostra que uma aceitação fácil de tais manifestações, é muito rara entre pensadores sérios e que dificilmente se encontra um espírita eminente que não tenha estudado e meditado pôr muitos anos.
O prof. Robert Hare, da Universidade de Pensilvânia, era um grande céptico e para tentar provar que o Espiritismo era uma farsa fez algumas experiências após as quais se tornou um crente decidido. Em 1853 pegou bolas de bilhar colocou-as sobre folhas de zinco e pôs as mãos dos médiuns sobre as bolas. Com grande surpresa sua, as mesas se moveram. A seguir arranjou uma mesa onde a tampa se movia para a frente e para trás; a ele adaptou um dispositivo que girava um disco contendo as letras do alfabeto, ocultas as vistas dos médiuns. As letras eram dispostas de modo variado, embaralhadas e ao espiríto era solicitado quão as pusesse em ordem e isso era feito!.
Seguiram-se então frases inteligentes, que os médiuns não podiam ver nem saber o sentido.
1850 ** O ESPIRITISMO FRANCÊS, ALEMÃO E ITALIANO
Na França e nos povos latinos há preferência pelo termo Espiritismo e pôr Allan Kardec, cuja feição predominante é a reencarnação.
Quando as manifestações espiritas chamavam a atenção na Europa, Allan Kardec (Lyon, 1804-1869 - educador, discípulo de Pestalozzi) investigou o assunto através da mediunidade de 2 filhas de um amigo, que tinham menos de 14 anos. Ele controlou a atividade das médiuns com uma longa série de perguntas o que fez com que em 2 anos Kardec mudasse suas antigas convicções.
Quanto ao Espiritismo também há o destaque para Franz Mesmer (médico - 1775/1815 - pai do Hipnotismo) que realizou seu maior trabalho em Viena, no fim do século XVIII; foi ele quem deu o primeiro impulso para a dissociação entre alma e corpo, antes do atual modo de pensar da humanidade.
Na Itália a oposição da Igreja foi mais notável, pois sem muita lógica estigmatizou como diabolismo os casos que não recebessem a marca especial da Santidade. A Itália foi rica em médiuns, mas mais afortunada em homens de ciência que acompanhavam os fatos: Ermacora, Schiaparelli, Lombroso, Ernesto Bozzano, Morselli, Chiaia e médiuns como Eusapia Palladino, Politi, Lucia Sordi, Linda Gazzera, e outros.
1852 ** JONATHAN KOONS - FENÔMENOS DE VOZ DIRETA
Fazendeiro em Ohio, foi o primeiro médium moderno que se tem notícia que teve em sua casa fenômenos de voz direta, em que o espirito denominado John King falava através de uma pequena trombeta. As pequenas palestras deste espírito versavam sobre o benefício que colheríamos, com o tempo, em mantermos diálogos sádios com os espíritos, incentivando a caridade com os que estão no erro e na ignorância e que devemos zelar pela nossa sabedoria.
Este fenômeno (voz direta) iniciou-se em tempos muito antigos (há várias citações na Bíblia) com exemplos históricos: Paulo de Tarso, Sócrates, Joana D'Arc, e outros. A explicação para o fenômeno é que o ectoplasma procedente do médium e também, em menor proporção, dos assistentes, usado pelos espíritos operadores na moldagem de uma espécie de laringe humana utilizada para a produção da voz.
Há casos registrados de padres que mantinham diálogos com espíritos por voz direta.
Mrs. Elizabeth Blake, também de Ohio, foi a maior médium de voz direta de quem se teve notícia. Era pobre, iletrada, vivia numa pequena aldeia de Bradrick, em West Virginia. Era médium desde criança, muito religiosa e pertencia a Igreja Metodista da qual foi expulsa, como outros devido a sua mediunidade.
Os fenômenos de voz direta diferem da mera clarividência e da fala em transe, por isso os sons não parecem sair do médium, mas de fora, as vezes de uma distância de alguns metros e continuar quando a boca do médium está cheia d'água e, outras ocasiões, se fazendo ouvir 2 ou 3 vezes simultâneas. Nestas ocasiões uma trombeta de alumínio é empregada para aumentar a voz, e também, como supõem alguns, para formar uma pequena câmara escura, na qual as cordas vocais então usadas pelo espírito, se podem materializar.
1853 ** Os católicos e os evangélicos fazem grande oposição ao Espiritismo, afirmando ser tudo obra do diabo.
1854 ** A 1ª ORGANIZAÇÃO ESPÍRITA
Neste ano ‚ fundada em N.Y. a 1ª organização espírita regular, denominada Sociedade para a Difusão do Conhecimento Espírita e contava com pessoas como o juiz Edmonds e o governador Tallmadge, de Wisconsin. Entre as atividades havia um jornal "The Christian Spiritualist" e o contrato com Kate Fox para sessões diárias, franqueadas ao público.
1856 ** AS OBRAS DE KARDEC
O Espiritismo, codificado pôr Kardec, possui 3 ramos: filosófico, científico e religioso. As obras que produziu enfocam as 3 áreas de maneira mais objetiva.
Kardec escreveu, baseado nas respostas dadas pelos espíritos os médiuns, que tinham menos de 15 anos, os seguintes livros:
1856 - 1ª edição de "O Livro dos Espíritos"
1857 - 2ª edição de "O Livro dos Espíritos" - de caráter filosófico
1861 - "O Livro dos Médiuns" ...............- de caráter científico
1864 - "O Evangelho Segundo o Espiritismo" .- de caráter religioso
1865 - "O Céu e o Inferno"
1867 - "A Gênese"
A primeira tradução para o português de "O Livro dos Espíritos" foi feita em 1875 pôr Carlos Travassos.
As obras de Kardec são consideradas pela maioria dos espíritas do Continente como a base da filosofia religiosa do futuro, pôr estar em harmonia com o avanço das descobertas científicas nos vários outros ramos do conhecimento humano (Psicologia, Psiquiatria, Parapsicologia, Ufologia, Análise, Biopsíquica, Medicina, Biologia, Física, Química, etc).
O Jornal Nacional (Rede Globo) de 06/01/95 noticiou que cientistas alemães desenvolveram um método pelo qual pessoas totalmente paralisadas possam controlar, por exemplo, uma cadeira de rodas motorizada, através da utilização da força do pensamento. O sistema apresentado ainda ‚ precário, pois utiliza fios ligados ao paciente.
Hoje estamos em face de uma comprovação total da Ciência Espírita, não apenas pela Parapsicologia, mas também pela Física Nuclear, pela Biologia avançada, pela Astronáutica, por todos os segmentos do conhecimento rumo a anti-matéria, ao corpo bioplásmico, as provas da reencarnação, aos fenômenos (investigados e comprovados por Pratt) que provam as várias formas de comunicações mediúnica.
"A mente não é física" afirma J. B. Rhine.
"A mente é uma estrutura psicónica, formada de átomos mentais, e depois da morte do corpo pode comunicar-se com as mentes encarnadas", sustentou Wathely Caringthon.
"A Ciência sem a Religião é aleijada e a Religião sem a Ciência é cega" afirmou Albert Einstein (1879-1955).
Kardec têm hoje o seu panorama de reconhecimento público: a Câmara Municipal de São Paulo - SP instituiu o Dia de Allan Kardec, a ser comemorado anualmente na semana de 18 de abril. O evento passa a constar no Calendário Oficial de Eventos do Município, conforme a lei n.º 270/94.
O livro espirita foi um dos sucessos da 13ª Bienal Internacional do Livro, realizada entre 17 e 28 de agosto de 1994, em São Paulo. Pesquisa da Datafolha mostrou que "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, constou como a 4ª obra mais lida entre os freqüentadores do evento. Mostrou ainda que a Bienal teve 89% de aprovação do público presente 65% acharam bom e 24% ótimo.
Segundo Armando Antongini Filho, presidente da Câmara Brasileira do Livro, as obras sobre Espiritismo, Espiritualismo e Esoterismo, constituem um segmento que vem crescendo entre 15 e 20% ao ano.
1857 ** DANIEL DUNGLAS HOME
Nasceu em 1833 em Currie, próximo a de Edimburgo. Aos 13 anos jápossuía faculdades psíquicas. Seu notável poder curador tinha excitado a admiração e persuadido pelos amigos, começou a estudar medicina. Tinha a saúde muito delicada e sua educação foi interrompida pela doença. Em 1857 o Clube União, de Paris, ofereceu-lhe 2 mil libras por uma única sessão e ele, pobre e inválido, recusou terminantemente. Disse ele: "Fui mandado em missão; essa missão é demonstrar a imortalidade. Nunca recebi dinheiro por isso e jamais o receberei".
Houve casos de levitação, em 1857, com Home e vários outros testemunhados por Sir Willian Crookes.
A caridade era uma das mais belas características de Home e só se tornava pública por acaso e indiretamente.
Home dispensava a obscuridade completa em seus trabalhos de materialização (caso raro). Apesar de inúmeras testemunhas e do grande trabalho executado, a imprensa britânica o taxou de impostor e charlatão.
1861 ** A QUEIMA DE LIVROS DE KARDEC EM BARCELONA
Em 09/10/1861 as 10:30h, por ordem do bispo da cidade, Dom Antônio Pala Y Termens, foram queimados cerca de 300 exemplares entre "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns" e "Revista Espirita" de Kardec.
Os principais jornais de Espanha deram a circunstanciada notícia do acontecimento, que os órgãos da imprensa liberal reprovaram energicamente.
Os jornais da França também citaram o fato e diz um deles que: "Não achava uma palavra para aquele ato de intolerância do clero, digno da Idade Média."
Os livros foram remetidos da França para a Espanha em caixas, entre outras mercadorias.
A grande repercussão que teve este ato concorreu para a propaganda da doutrina e fez progredir o Espiritismo na Espanha e em outros lugares. As obras queimadas foram procuradas com maior avidez.
1861 ** FOTOGRAFIA ESPIRITA
Iniciou-se em Boston por Willian H. Mumler, que ao tirar uma foto sua, sozinho na sala, após revelar a chapa notou que havia mais alguém na foto. Era sua prima que havia morrido há 12 anos.
Perguntado se as aparições ao lado de pessoas nas fotos se davam mais com pessoas espíritas, respondeu que não; as aparições se manifestavam mais ao lado dos cépticos.
O Rev. Stainton Moses achava que as formas fotografadas eram moldadas em ectoplasma.
Pesquisas mais modernas sustentam que a imagem é precipitada no filme fotográfico ou que uma tela psíquica é aplicada na chapa (filme).
Há uns 50 anos, a existência de um corpo fluídico nos seres vivos recebeu inesperada confirmação da ciência materialista. O técnico em eletricidade Semyon Kirlian, coadjuvado por sua esposa Valentina, na Russia, construiu uma câmara elétrica de alta freqüência na qual se podem obter fotografias coloridas, de grande beleza, de uma parte imaterial nos animais e plantas.
Mais tarde concluiu-se que fotos de objetos inanimados também emitem um ráio luminoso em torno de si. Entre fotos de tecidos vivos e de objetos háuma diferença acentuada, pois nos primeiros, a luz ‚ tremulaste, mais extensa, variável e de cores diversas; nos objetos, ela ‚ estreita, uniforme e imóvel.
Comprovou-se que a luz irradiada de seres vivos varia de acordo com o estado de sanidade dos tecidos e até‚ com o estado emocional das pessoas.
1863 ** WILLIAN DENTON autor de "Segredos da Natureza", livro de psicometria. Foi a primeira pessoa a pesquisar as moldagens feitas com corpos de ectoplasma. Em alguns casos mãos materializadas eram mergulhadas em parafina líquida, que após se solidificarem e com a ausência do ectoplasma formavam moldes perfeitos de mãos humanas.
1869 ** INVESTIGAÇÕES COLETIVAS SOBRE O ESPIRITISMO
Diversas comissões foram formadas para as investigações no Espiritismo, entre elas as principais foram: 1869-70: Sociedade Dialética de Londres; 1884 - Comissão Seybert, e de 1905 a 1907 - Instituto Geral Psicológico da França.
Na comissão da França, foi convidada a médium italiana Eusapia Palladino (ver mais adiante sobre esta notável figura).
As pessoas que compunham estas comissões pouco entendiam da natureza do trabalho que defrontavam e pouco tempo tinham para se dedicar a essas investigações. A incredulidade e a falta de bom senso fizeram com que os relatórios da comissões fossem parciais e injustos.
Os homens da ciência se dividem em 3 classes: 1ª - Os que não conhecem o assunto, mas criticam assim mesmo; 2ª - os que conhecem, mas temem confessa-lo, por isso negam; e 3ª - os que sabem que a verdade e não temem proclamá-lo.
Havia na épeca um prestiador chamado Harry Houdini que cobrava 2 a 3 dólares por pessoa para ouvi-lo em discursos atacar os fenômenos, afirmando ser tudo um embuste, mesmo tendo assistido a eles.
No livro do Dr. Carl Wickland "The Gateway of Understanding - O Pértico do Entendimento" pp. 55 a 60 há uma narração da manifestação do espírito do Sr. Houdini, que se confessou profundamente arrependido pelos atos cometidos.
Ele manifestou-se graças a mediunidade da Sra. Wickland.
1870 ** AS EXPERIÊNCIAS DE SIR WILLIAN CROOKES (de 1870 a 1874)
Willian Crookes (ver mais dados acima) inicia as primeiras pesquisas no espiritismo que foram publicadas na integra em 1874, causando grande tumulto o que ameaçou de expulsão da Sociedade Real o cientista, que passou a ser mais cauteloso em suas opiniões quando exprimidas publicamente.
Realizou experiências com materializações com a médium Miss Florence Cook, de 15 anos.
Em 1874 Crookes tirou 44 fotos de um espírito materializado, que se chamava Katie King. Durante estas experiências, Crookes comprovou que a luz incidente sobre o médium de efeitos físicos, quando em transe, lhe é prejudicial (com raríssimas exceções) e que o médium também sofre severo desgaste de energias.
Foram feitos experimentos com o efeito da luz sobre o ectoplasma e o espírito materializado começou a desfazer-se gradativamente.
Pesquisas no campo da transfiguração demonstraram que o ectoplasma, sendo insuficiente para construir a figura completa, é usado para revestir o médium de modo que este possa formar a fisionomia desejada.
Ficou comprovado também que o peso de objetos pode ser alterado para mais ou para menos conforme a vontade do espírito. Instrumentos musicais foram tocados sem contato das mãos.
Friedrich Zollner, na Alemanha, fez praticamente o mesmo.
Em 1874, Crookes esquivou-se de reeditar as seus artigos sobre o assunto e não quis que circulassem as fotos tiradas de Kate King (hoje em arquivos).
Em 1904 Willian Crookes admitia em entrevistas a jornais de que o Espiritismo havia liquidado o velho materialismo e que tinha crença absoluta de que os nossos entes queridos, ao passarem para o Além, ainda nos observam.
Se alguém nos diz que não é obrigado a dar crédito as crenças, só porque um intelectual crê, deveria pensar que se Einstein acreditou na existência de Deus e isso não significa que todos venham a acreditar em Deus só porque Einstein abraçava esta crença. A crença não existe apenas pela fé. O indivíduo crê no que vê, no que ouve, no que sente, no que observa, no que experimenta. Crer é ter como verdadeiro. E tanto se pode ter como verdadeira a existência de Deus, baseada na fé, como a do fenômeno, baseada no fato.
Tanto se pode crer na existência de Deus, como presumia Einstein, por misticismo, como na existência de seres invisíveis e inteligentes, como assegurava Crookes, por suas experiências. Ora, a crença de Einstein poderia provir da fé, mas a de Crookes proveio da mediunidade.
Havia fatos, provas para a crença de Crookes, enquanto não sabemos a que existia para a crença de Einstein. A autoridade de Crookes não se limitou a Física e a Química. Sempre o consideraram o mais eclético dos sábios ingleses.
Crookes verificou durante 3 anos a existência de Katie King que freqüentemente se materializava ao lado da médium Florence Cook, a vista de testemunhas.
"As campanhas fanáticas e difamatórias contra o Espiritismo afastaram numerosos cientistas da nova Ciência e impediram o desenvolvimento natural da doutrina no mundo. Perseguições religiosas, condenações acadêmicas, escândalos na imprensa, calúnias como as lançadas sobre Crookes e Richet produziram os resultados que as forças obscurantistas objetivaram. O Espiritismo, como a Filosofia Grega no tempo de Diógenes, que se refugiou num tonel, teve que refugiar-se no coração humilde mas sincero do povo, na cripta dos sentimentos religiosos. A Ciência Admirável de Descartes apagou as próprias luzes e enfurnou-se nos tonéis da beatice. Mas o avanço irresistível das Ciências ressuscitou das cinzas essa Fênix de asas consteladas, para que o seu esplendor possa iluminar o futuro do mundo. A consciência dos espíritas, essa Bela Adormecida do bosque do comodismo, ter que despertar ante a fulguração dos novos tempos" - José Herculano Pires em "O Espírito e o Tempo".
1872 ** O REVERENDO WILLIAN STAINTON MOSES
Nasceu em 1839 e foi o escritor que deixou sua marca mais forte sobre o lado religioso do Espiritismo, até então. Praticante da caridade sem interesse, atendia aos pobres e doentes, fazendo curas em sua igreja. Tornou-se espírita em 1872.
Usava o pseudônimo de M. A. Oson para escrever suas obras.
Deixou vrias obras sobre elevados aspectos do Espiritismo e tornou-se redator da revista Light (1881 - mais a frente).
Sua mediunidade abarcou quase todos os fenômenos físicos conhecidos.
Seus livros: "Identidade dos Espíritos (1879)"; "Aspectos mais Elevados do Espiritismo (1880)"; "Psicografia (1882)"; e "Ensinos Espiritistas (1883)".
1872 ** MAIS FOTOS DE ESPÍRITOS
Fotos do espírito de Hudson despertam enorme interesse.
1875 ** ALFRED RUSSEL WALLACE (1823-1913)
Naturalista inglês, participou com o entomólogo Henry Bates de uma expedição na Amazônia, que deu origem a uma importante obra de sua extensa bibliografia: "Viagens pelo Amazonas e rio Negro (1853)". Colaborou com Darwin na elaboração da teoria evolucionista.
Publicou em 1875 "Sobre Milagres e Moderno Espiritismo".
1874 e 1875 ** OS IRMÃOS EDDY (WILLIAN e HORATIO)
Estes foram os anos de grandes atividades psíquicas nos E.U.A..
A ignorância da época era muito grande e como os fenômenos psíquicos acompanhavam até as crianças nas escolas, em casa o jovem Eddy caia em transe e o pai e o vizinho despejavam água fervente sobre ele e punham brasas sobre sua cabeça deixando-o permanentemente marcado.
Depois que cresceram, o infeliz pai tentou fazer dinheiro com os poderes que havia desencorajado e alugava os filhos como médiuns.
Assim foram os primeiros dias dos médiuns eram algemados, torturados, enjaulados.
O coronel Olcott, do jornal Daily Graphic, de N.Y., ficou encarregado de fazer investigações e desmascarar os impostores. E o Cel. Olcott testemunhou todos os tipos de mediunidade nos irmãos Eddy: batidas, movimentos de objetos, pinturas a óleo e aquarela sob influência espiritual, profecias, fala de línguas estranhas (xenoglossia), poder de cura, levitação, psicografia, psicometria, clarividência e materialização.
Olcott a tudo examinava com a presença de peritos.
Chegou-se a conclusão de que a música e o canto tinha íntima ligação com os resultados psíquicos e a luz branca era desaconselhada (usava-se a vermelha) nas materializações e efeitos físicos.
Conclui-se também o porque do uso de cabines em sessões de materializações: os vapores ectoplasmáticos podem se condensar mais facilmente.
Madame Blavatsky, então desconhecida em N.Y., tinha vindo observar os fatos. Naquela época (1874) ela ainda não tinha desenvolvido a linha teosófica e era uma espírita ardorosa.
A amizade dela com o Cel. Olcott produziria no futuro alguns fenômenos interessantes: várias materializações de russos conversavam com ela, naquela língua, mas a principal figura era um índio chamado Santum e uma índia chamada Honto que eram tão perfeitos que muitas vezes a assistência seria desculpada por esquecer que estava tratando com espíritos.
Experiências mostraram que a respiração de espíritos materializados em água de cal produz a reação característica do dióxido de carbono (a água fica turva). Os próprios espíritos diziam que tinham que aprender a arte da materialização, assim como nós aprendemos qualquer outra arte. Muitos médiuns jamais vão além do estágio em que são materializadas somente as mãos, ou parte, dos espíritos.
Willian Eddy era médium mais voltado as materializações e Horatio de características mais diversas.
Numa das materializações, a índia Honto de 1,60m de altura, foi submetida a pesagem numa balança aferida. As 4 pesagens foram feitas numa mesma noite e os resultados foram: 39,9 ; 26,3 ; 26,3 e 29,5 Kg. O médium Eddy pesava 82 Kg.
Ficou demonstrado também que cada um dos assistentes e o médium que doam ectoplasma sofrem uma perda no peso corporal.
Logo depois da chegada de Mme Blavatsky os médiuns e os espíritos se tornaram esquivos com o Cel. Olcott, que mantinha íntima relação com a 1ª Dois anos depois a dama russa, que até então era espírita, iniciava seus ensinos teosóficos denominando tais espíritos de "cascões astrais", afirmando que os mesmos não tinham vida própria.
A médium Mrs. Compton estava fechada em sua cabine com um fio passado pelos furos de suas orelhas e amarrada ao encosto de sua cadeira. Então uma figura branca emergiu de sua cabine. Olcott havia providenciado uma balança na qual o espírito ficou de pé. Foi pesado 2 vezes, registrando 35,7 e 27,3 Kg respectivamente. Então o Cel. Olcott foi a cabine, deixando o espectro do lado de fora. A médium havia desaparecido. A cadeira estava lá, mas nem sinal da senhora. Olcott pesou novamente a aparição que apresentou 23,5 Kg, depois voltou a cabine e encontrou a médium sentada, fios intactos, pálida e fria, olhos revirados, testa úmida sem pulso e sem respiração. Estava em catalepsia e foi levada para um local arejado, fora da câmara. Ficou assim por 18 minutos, voltando a vida gradativamente. Foi pesada, apresentando 55 Kg.
Onze testemunhas presenciaram o fato. O desaparecimento momentâneo da médium pode ser assim teorizado: a figura ectoplasmática pesava cerca de 35 Kg (numa das pesagens) e a médium 55 Kg, tornando-se claro que apenas 20 Kg eram deixados para a médium, quando o espírito estava fora. Só 20 Kg não bastavam para sobreviver e provavelmente os guias espirituais a tenham desmaterializado para preserva-la do perigo até que a volta do espírito materializado lhe permitisse a reabsorção.
1875 ** WILLIAN EGLINTON
Os casos de levitação de objetos se davam em plena luz do dia (caso raro). Visitou vários países: África do Sul, Suécia, Dinamarca e Alemanha. Em 1880 foi na Universidade de Cambridge, onde realizou trabalhos sob a fiscalização da Sociedade de Psicologia. Depois foi na Holanda, E.U.A., Índia, Itália e França. Verificou-se com Eglinton também o fenômeno das lousas (ver adiante).
1875 ** O MÉDIUM DR. MONCK
Fez demonstrações de materializações na Inglaterra. Em 1876 visitou a Irlanda, onde usou seus dons para efetuar curas. Ofereceram um prêmio de 1000 libras a quem imitasse os fenômenos. O grande mágico J. N. Maskelyne tentou, sem sucesso.
1876 ** HENRY SLADE - O célebre médium da escrita nas lousas
Eram escritas mensagens nas faces internas de 2 lousas, por vezes amarradas e seladas juntas, a vista de todos, sem que o médium as tocasse.
Slade provocava a levitação de objetos e materialização de mãos em plena luz do dia. Costumava cobrar 20 shillings para apresentar-se.
Ao final de sua vida, há indícios de que degenerou. Sessões promíscuas, com finalidade comercial, esgotamento físico, estímulo alcoólico, perda de saúde, enfraquecimento do caráter e conseqüente tentação de usar truques. Morreu em 1905, num sanatório em Michigan.
O interessante notar o semelhante fim de todos os médiuns que não seguiram as máximas do Cristo: "Orar e Vigiar" e "Dar de graça o que de graça recebermos".
Com o médium Dr. Monck (visto anteriormente) também ocorria o fenômeno das lousas, que estando amarradas uma a outra, surgiam com frases ditas pelos assistentes.
1880 ** O Rev. Stainton Moses diz em discurso perante a Associação Nacional Britânica dos Espiritistas: "Precisamos muito de disciplina e de educação...", pois muitas fraudes surgiam junto aos charlatões.
Ficou evidente que o Reverendo era um médium consciente de que a disciplina e a reforma íntima para o Bem ‚ imprescindível para todos.
1881 ** O criado Light - um semanário espírita de alta classe, cujo redator ‚ o Rev. Stainton Moses.
1882 ** CRIADA A SOCIEDADE DE PESQUISAS PSÍQUICAS
O primeiro trabalho foi dedicado a uma investigação experimental de transmissão do pensamento. Depois de longas e pacientes pesquisas a telepatia foi considerada um fato inconteste. Várias vezes a Sociedade colocou-se numa posição de considerar fraudulentos os fenômenos espíritas. Alguns de seus elementos eram totalmente cépticos e analisavam os fatos de maneira errônea, ou seja, negando a existência dos fenômenos mesmo quando ocorriam em sua frente, a plena luz do dia.
Amplamente discutidos eram os casos de "correspondências cruzadas" em que mensagens de vários espíritos se complementavam umas nas outras.
1903 ** O ECTOPLASMA
Tal substância foi cuidadosamente examinada em 1903 pelo eminente fisiologista francês Dr. Charles Richet (1850-1935, Nobel de medicina em 1913), que a chamou de ectoplasma. O Dr. Richet tinha as vezes como assistente Gabriel Delanne, editor da "Revista do Espiritismo".
Muitas fotos de materializações foram tiradas. Nas mais diversas experiências com ectoplasma ficou comprovado que: quando tocado, ou iluminado por luz inadequada, ele se recolhe rapidamente, com raríssimas exceções. Se agarrado e apertado, o médium gritará. Com o consentimento do médium foi cortada uma pequena porção. Dissolveu-se na caixa em que foi colocado, como se fosse neve, deixando umidade e algumas células que foram examinadas e classificadas como epiteliais da membrana mucosa.
Em algumas materializações as formas tinham inicialmente duas dimensões. Algumas faces materializadas talvez representem pensamentos do médium. O ectoplasma pode ser branco, preto ou cinza, sendo mais freqüente o primeiro. Tudo indica que o ectoplasma ‚ a parte exteriorizada do próprio médium.
Um trabalho que assume destaque nesta área é o do prof. J. W. Crawford, catedrático de Mecânica Aplicada da Universidade de Belfast (Irlanda). Suas deduções e reflexões estão relatadas na obra "A Realidade dos Fenômenos Psíquicos". Crawford deixou numerosas fotografias e descrições detalhadas da formação do ectoplasma e das atividades do mesmo para produzir levitações, movimentos a distância e golpes (raps).
O Dr. Eugênio Osty declara após sua pesquisa sobre a formação ectoplásmica: "Encontramos um processo que revela com tal nitidez e segurança a existência, os deslocamentos e a direção psíquica dessa substância, que a demonstração de tais fatos é tão probante como a mais pura e a mais simples experiência de Física" - "Les Pouvoirs Inconnus de L'esprit Surla Matiere".
Os fenômenos de transporte têm o nome de Telecinésia, na Parapsicologia.
1907 ** EUSAPIA PALLADINO
Nasceu em Nápoles em 1854 e morreu em 1918.
Esta médium italiana foi a 1ª de efeitos físicos a ser examinada por um grande número de homens da ciência. Principais manifestações: movimento de objetos sem contato, levitações de mesas, levitação do próprio médium, aparecimento de mãos materializadas, de rostos, de luzes, execução de músicas em instrumentos sem contato e aumento de sua própria estatura.
Eusapia disse ficar automaticamente influenciada pelos pensamentos dos assistentes. Na verdade, o aspecto psicológico da mediunidade, pouco conhecido, tem grande influência sobre os fenômenos.
Eusapia era caridosa e se preocupava com as crianças, os doentes e os animais. Distribuía o que ganhava aos pobres.
1914 - O ESPIRITISMO E A GUERRA
As mortes ocorreram em quase todas as famílias despertando um súbito interesse concentrado na vida após a morte. Muitas pessoas procuravam ansiosas saber se era possível a comunicação com os entes queridos que haviam partido.
A imprensa, pressionada pela opinião pública, teve que fazer publicar casos de soldados que se comunicavam após a morte física.
A 1ª guerra foi prevista em várias comunicações de espíritos por toda a Inglaterra. Ficou comprovado também que há longa margem nas previsões que pode ser afetada pela ação e vontade humana.
Um profundo aspecto da guerra mundial está envolvido na consideração de que a guerra na Terra ‚ apenas um aspecto das batalhas invisíveis em planos diferentes onde se chocam os poderes do Bem e do mal.
ASPECTO RELIGIOSO DO ESPIRITISMO
O povo hebreu foi o escolhido para a realização sagrada de constituir uma religião francamente monoteísta, mais avançada e verdadeira, que representaria o fulcro luminoso do conhecimento espiritual do futuro, com base na promessa divina feita ao patriarca Abraão, na cidade de Uré, na Mesopotâmia.
Cativo por 400 anos dos egípcios, nas terras de Goshen, em trabalhos forçados, surgiu para esse povo um missionário poderoso e iluminado - Moisés - que dali o libertou, conduzindo-o a uma terra de promissão, as margens do rio Jordão, em Canaã.
Foi-lhe outorgado um código avançado de conduta moral - o Decálogo - e um deus único - Jeová - protetor e defensor, que se manifestava de forma tão evidente e objetiva, em todas as ocasiões graves, que se radicou para sempre no coração desse povo. Suas leis religiosas eram rigorosas, inflexíveis e tão fortes, que puderam mantê-lo unido e fiel através dos tempos e das mais terríveis vicissitudes.
Não eram leis de redenção, mas de aglutinação em torno a uma realidade única, a um poder cósmico soberano e uno, a um código que levasse a realizações redentoras, futuramente.
Essa foi a missão de Moisés, o missionário hebreu: preparar um povo para a primeira religião monoteísta; limpar os caminhos para o advento de um novo enviado divino; arrotear o solo para uma semeadura de maior expressão evolutiva. As comunicações mediúnicas, já naquela época, eram abundantes. Mas tamanhos eram os abusos em evocar indiscriminadamente os espíritos, que Moisés proibiu estas atividades.
Veio então Jesus, mais tarde, na Palestina; o excelso Enviado, que pregou e praticou a redenção pelo amor, a unidade em Deus, como Pai.
O substrato de seu código moral, denominado Evangelho ou Boa Nova, está contido no Sermão do Monte, cujas regras são, ao mesmo tempo, uma libertaçao pelo conhecimento e uma realização redentora.
O cultuado no mundo por centenas de milhões de adeptos, mas jamais foi cumprido no seu verdadeiro sentido cósmico e, por isso, a humanidade não pôde ser ainda encaminhada a seus superiores destinos espirituais.
O missionário nazareno, uma verdadeira manifestaão do Cristo Planetário, foi imolado na cruz pelo povo escolhido, aquele mesmo povo preparado para recebê-lo e amá-lo; e os seus ensinamentos, pouco mais tarde, foram utilizados para dominação religiosa, visando interesses meramente humanos.
Mas encerrou-se o ciclo ? Não. Na sua consciência das coisas futuras, sabendo que seus ensinamentos e seu testemunho de amor, na morte física, não bastariam para esclarecer as consciências, o Cristo prometeu, como pastor e guia da humanidade, não esmorecer nos esforços de redenção, não como naqueles dias, descendo na Terra ele mesmo, mas enviando novos missionários para completar a obra, antes que as sombras do encerramento do ciclo se estendessem sobre o mundo; essa mesma obra que os discípulos e apóstolos, logo após seu regresso aos Planos Espirituais, tentaram realizar na Terra com a difusão do Evangelho, em várias partes do mundo de então, oferecendo-se como testemunhos vivos de sua autenticidade e do seu poder redentor.
O sacrifício desses servidores fiéis não foi inútil porque os ensinamentos se perpetuaram no Tempo, difundiram-se pelo mundo, e serviram de base na criação do Cristianismo Primitivo, que exigia a vivência, segundo a essência do ensinamento.
Conquanto tenha sido substituído mais tarde, como já o dissemos, por organizações religiosas dogmáticas, mais que tudo radicadas a interesses humanos, a doutrina verdadeira não desapareceu - "minhas palavras", disse o Cristo, "não passarão" - porque viriam mais tarde a ser revividas em espírito e verdade - "Deus é espírito e em espírito e verdade deve ser adorado" - por uma religião não de homens, mas de próprios discípulos e mensageiros.
E veio, em nossos dias, como Doutrina dos Espíritos, cuja tarefa é reviver esse cristianismo primitivo. Essa Doutrina hoje se expande irresistivelmente pelo mundo, sem fronteiras e, como antes, nos tempos apostólicos, sua finalidade ‚: 1º - esclarecer as mentes sobre as verdades espirituais; 2º - operar nos homens as transformações morais indispensáveis na sua redenção na sua integração nos mundos espirituais superiores.
Reviver, pois, o cristianismo primitivo, na essência dos seus ensinamentos e nos termos expressos pelo Divino Mestre, es a sua gloriosa tarefa, em pleno curso em nossos dias.
O Espiritismo, portanto, não é simplesmente um conhecimento teórico ou especulativo: é iniciação em verdades maiores e ação plena e efetiva em bem da coletividade; não ‚ somente um esforço intelectual, uma pesquisa de caráter filosófico, ou demonstrações de fenômenos "estranhos", com abrangência, mais ou menos profunda, nas leis naturais; mas devotamento ao próximo, auxílio sem nenhuma discriminação, confraternização, demonstrações legítimas de amor universal, para que assim os homens se redimam do passado culposo e se aproximem de Deus.
A realização espiritual, individual e coletiva, no sentido elevado e verdadeiro; doutrina essencialmente redentora, porque tem a força do convencimento pelos fatos.
Os escritos dos chamados Pais da Igreja estão repletos de ensinos e práticas espíritas. Os primeiros cristãos viviam em íntimo e familiar contato com os invisíveis. Sabiam como fato absoluto que a morte não significa mais que a passagem para uma vida mais ampla.
Hoje, algumas religiões afirmam que somos descendentes de Adão e Eva.
A Antropologia, uma ciência oficial, tem provas concretas de que o homem vem evoluindo através das espécies há milhões de anos.
Estas mesmas religiões negam a existência dos espíritos, e assim como a estêria de Adão e Eva, pouco de substancial oferece aos seus sectários.
Precisamos pisar em "terra firme", ou seja, em idéias e fatos que sejam suscetíveis de comprovações. Mas quantas pessoas acreditam em Adão e Eva? e que espírito ‚ coisa do "demo" ?. S„o aqueles que crêem sem questionar. Ou a fé cega, que rende a ilusão do crente... e o bolso cheio de dízimos para os seus líderes.
Questionar é preciso. E buscar provas, mais ainda. O mais cômodo ficar repetindo o que os outros disseram, mas isto contrapõe com o uso racional da inteligência. Se alguém discorda de alguma coisa em sua religião, tem o direito e o dever de se manifestar e fazer uso público de seu raciocínio lógico.
A liberdade de pensamento e ação é a tônica que deve orientar a vida do cristão.
TESTEMUNHOS
Os testemunhos do século passado não desapareceram com o tempo. Nem os fatos. Nem as experiências.
Os grandes médiuns, como os grandes cientistas, os grandes exemplos, os grandes testemunhos estão iluminando os caminhos que os novatos vão trilhar.
Para a Psicologia, apesar de estar num estágio inicial, veio dar como absolutamente demonstrado aquilo que se tinha como falso.
Quanto a literatura moderna, o que se está vendo é cientistas, psicólogos, filósofos, proclamarem já a independência do espírito, e até a sobrevivência, o que seria formidável escândalo no passado. Veja-se Bergson, Hansdriech, Primot, Frazer, Bertrand de Cressac, Montadon, Nicola Pende, Rhine, e outros. Os que se fiaram deles já não estão na base do testemunho do passado.
No livro "A Alavanca da Mente", Joseph Banks Rhine declara que "as hipóteses relativas ao fenômeno psíquico não são superiores a hipótese espírita", e " é no problema da imortalidade que melhor se tem encontrado a Religião e a Parapsicologia".
Os fatos hoje tidos por grande novidade em Parapsicologia, foram já objeto de estudos e deles se ocuparam os maiores sábios do Velho e do Novo Continente. Richet deu-lhes o nome de Metapsíquica.
Vários padres e religiosos manifestaram-se favoravelmente ao Espiritismo e suas verdades. Eis alguns deles:
- rev. George Vale Owen, recebeu mensagens espíritas que reuniu numa obra em quatro volumes denominada "A Vida Além do Véu";
- rev. W. Stainton Moses psicografou os "Ensinos Espiritistas"; e outras obras.
- rev. G. Maurice Elliot e outros escreveram diversos e apreciados livros espíritas;
- O pastor islandês Haraldur Nielsson, teólogo em Reykjavik escreveu: "Minhas Experiências Espíritas" e "O Espiritismo e a Igreja";
- O Padre Marchal também defendeu o Espiritismo diante de seu colegas.
DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO E PARAPSICOLOGIA
A principal diferença entre a Parapsicologia e o Espiritismo é que a primeira tem sido até agora especulativa, enquanto que o segundo interpreta o fenômeno, desvendado-lhe a causa. O Espiritismo vai na fonte e a Parapsicologia apanha a corrente no meio do caminho.
O ESPIRITISMO NO BRASIL
O termo "espírita" ficou definido para os que adotam a doutrina codificada pôr Allan Kardec, pôr ocasião em que suas obras foram escritas, ou seja, a mais de 120 anos.
No Brasil o Espiritismo assume um papel de destaque em nossa sociedade. A organização dos vários centros e associações credenciados fica a cargo de instituições como a Federação Espírita Brasileira - FEB, a Federação Espírita do Estado de São Paulo - FEESP, a U.S.E. e outras.
O Espiritismo é baseado, como dissemos na codificação Kardeciana e tem por base a prática do lema: "Fora da Caridade não há Salvação", por isso vemos na maioria dos centros espíritas credenciados funcionarem as creches, abrigos para a velhice, escolas para alfabetização, campanhas visando a caridade e obras assistências sem cobrança de nenhuma taxa ou remuneração.
Mas não é só isso. O verdadeiro espírita vive sua auto-reforma, a derrotar constantemente o homem velho que existe em seu interior, esforçando-se para vivenciar as lições do Cristo. Ele sabe que é imperfeito, mas permanece na busca contínua e silenciosa da sua harmonia com o Cristo.
Dizer que o Espírita não é cristão, ou que não aceita Jesus em seu coração‚ é no mínimo, ignorar ou desconhecer a Doutrina. O Espírita não só é cristão, como está constantemente se esforçando por praticar as lições deixadas pelo Mestre Nazareno.
Há muitas confusões, feitas intencionalmente ou não, entre o Espiritismo e numerosas formas de sincretismo religioso afro-brasileiro, hoje largamente difundidas.
As vezes, opositores da doutrina espírita costumam fazer intencionalmente essas confusões, com o fim de afastar pessoas do Espiritismo.
Os grupos umbandistas, africanistas e neo-espiritualistas em geral se intitulam de espíritas. Note que não está agora em discussão a boa intenção de inúmeros médiuns dispostos a ajudar seu semelhante, mas a identificação ideológica desses movimentos e do próprio Espiritismo.
Algum tempo atrás, o CONDU - Conselho Nacional Deliberativo Da Umbanda, no Rio de Janeiro lançou uma campanha para que suas tendas assumissem a definição de "umbandistas" no frontispício das sedes. Infelizmente parece que este projeto não logrou resultado.
Seria de interesse geral que os órgãos federativos da Umbanda, Candomblé, Santo Daime, União do Vegetal e demais agremiações neo-espiritualistas e mediunistas, retirassem o título "espírita" de suas fachadas.
A imprensa brasileira é useira e vezeira em utilizar essas palavras em notícias que envolvem praticas mediúnicas e presença de entidades espirituais.
É assim que se tornam "espíritas" os mais chocantes casos de mistificação, fanatismo, magia negra, debilidade mental, sacrifícios de animais e até de seres humanos.
Há também as cartomantes, quiromantes, curadores, jogadores de búzios que se dizem "espíritas".
Nosso país é um imenso cabedal de mediunidade. As pessoas são pré-dispostas na aceitação dos fenômenos mediúnicos e desde pequenas as nossas crianças são levadas aos médiuns para que recebam algum benefício (benzedeiras).
Na Bahia, por exemplo, a Igreja não sobreviveria sem os terreiros de Umbanda e Candomblé. É o imenso sincretismo religioso. Muitos dos que se dizem católicos freqüentam a igreja e visitam regularmente os terreiros das religiões afro-brasileiras.
Não há como negar que a mediunidade faz parte do nosso dia-a-dia.
Temos médiuns espíritas exemplares: Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Zíbia Gasparetto, Zilda Gama, e muitos outros.
Quem não conhece ou ouviu dizer de alguém que foi até Uberaba e recebeu uma linda mensagem de seu ente querido desencarnado, trazendo-lhe palavras de conforto e provando delicadamente sua identidade ?. A própria imprensa tem divulgado vários casos deste naipe, colocando em destaque a fabulosa mediunidade do nosso querido Chico Xavier que, sempre humilde, fica a agradecer a presença de todos os que vão procurá-lo.
Chico nunca recebeu um centavo pelo seu trabalho mediúnico. Cumpre religiosamente o "Dar de graça o que de graça recebemos". Pôe em prática os ensinamentos do Cristo e por isso é um médium feliz, como felizes seremos quando deixarmos de lado as teorias e passarmos a pratica-las em favor de nossos semelhantes menos favorecidos.
Chico mora na periferia de Uberaba - MG e vive de sua aposentadoria no Ministério da Agricultura.
CONCLUSÃO
Apesar de todos os obstáculos que o Espiritismo tem encontrado, ou toda a oposição que foi feita na Metapsíquica, ou a deformação que querem impor a Parapsicologia, a Ciência caminhar.
Diremos novamente como Kardec: "A Ciência marchará com os homens, sem os homens e apesar dos homens".
Bibliografia:
História do Espiritismo - Arthur C. Doyle
Casos e Coisas Espíritas - Francisco K. Werneck
Obras Póstumas - Allan Kardec
Enciclopédia Barsa
Revista Presença Espírita - Centro Esp. Caminho da Redenção - Salvador - BA
O Mistério do Bem e do Mal - J. Herculano Pires
O Espírito e o Tempo - J. Herculano Pires
Na Cortina do Tempo - Edgard Armond
Jornais: A Voz do Espírito e Folha Espírita.
Hipóteses em Parapsicologia - Carlos Imbassahy
Para saber mais:
Evolução para o Terceiro Milênio - Jorge Toledo Rizzini - edit. Edicel.
Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro - Sheila Ostrander e Lynn Schroeder - edit. Cultrix
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - edit. IDE ou LAKE
Panorama sobre a Reencarnação (2 volumes) - Hans Tendam - edit. Summus
Agonia das Religiões - José Herculano Pires - edit. Paidáia
PESQUISADO E REEDITADO POR:
SIDNEY DE PAULA
Colaborador da Doutrina Espírita do
GRUPO ESPÍRITA DR.º BEZERRA DE MENEZES.
http://www.bezerra.com.br/volume/espi.htm
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Provas da existência de Deus
- - Evangelho em seqüência
- - Estudos Espíritas: Existência de Deus
- Provas da existência de Deus
IDÉIAS PRINCIPAIS
"(...) A história da idéia de Deus mostra-nos que ela sempre foi relativa ao grau intelectual dos povos e de seus legisladores, correspondendo aos movimentos civilizadores, à poesia dos climas, às raças, à florescência de diferentes povos; enfim aos progressos espirituais da Humanidade.(...)"
"(...) Pela obra que se reconhece o autor. (...)
Do poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, consequentemente, uma inteligência superior à Humanidade. (...)
"(...) Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo."
"(...) Por ele e nele somente nos sentiremos felizes e verdadeiramente irmão. (...)"
Provas da Existência de Deus
Allan Kardec colocou logo no início de "O Livro dos Espíritos" um capítulo que trata exclusivamente de Deus. Com isso pretendeu significar que o Espiritismo se baseia em primeiro lugar na idéia de um ser Supremo.
Os Espíritos definiram Deus como "(...) a inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas". Ora, nesse conjunto imenso de mundos e coisas que constituem o Universo, tal é a grandeza, a magnitude, e são tais a ordem e a harmonia, que, tudo isso, pairando infinitamente acima da capacidade do homem, só pode atribuir-se à Onipotência criadora de um Ser Supremamente inteligente e sábio, Criador necessário de tudo que existe.
Deus, porém, não pode ser percebido pelo homem em sua divina essência. Mesmo depois de desencarnado, dispondo de faculdades perceptivas menos materiais, não pode ainda o Espírito imperfeito perceber totalmente a natureza divina.
Pode, entretanto o homem, ainda no estágio de relativa inferioridade em que se encontra, ter convincentes provas de que Deus existe, mas advindas por dois outros caminhos, que transcendem aos sentidos: o da razão e o do sentimento.
Racionalmente, não é possível admitir um efeito sem causa. Olhando o Universo imenso, a extensão infinita do espaço, a ordem e harmonia a que obedece a marcha dos mundos inumeráveis; olhando ainda os seres da Natureza, os minerais com suas admiráveis formas cristalinas, o reino vegetal em sua exuberância, numa variedade de plantas quase infinita, os animais com seus portes altivos ou a fragrância de certas aves e as miríades de insetos; sondando também o mundo microscópico com incontáveis formas unicelulares; toda essa imensidão, profusão e beleza nos obriga a crer em Deus, como causa necessária. Mas se preferirmos contemplar apenas o que é o nosso próprio corpo, quanta harmonia também divisaremos na nossa roupagem física, nas funções que se exercem à revelia de nossa vontade num ritmo perfeito. Nas maravilhas que são os nossos sentidos; os olhos admiravelmente dispostos para receber a luz refletida nos corpos, condicionando no plano físico a percepção dos objetos e das cores; o ouvido, adredemente estruturado à percepção de sons, melodias e grandiosas sinfonias; o olfato, o gosto, o tato, outros tantos sentidos que nos permitem intuir-nos sobre a objetividade das coisas. Toda essa perfeição, a harmonia da natureza humana e no mundo exterior ao homem, só pode ser criação de um Ser Supremamente Inteligente e Sábio, o qual chamamos de Deus.
É pelo sentimento, mais do que pelo raciocínio, que o homem pode compreender a existência de Deus. Porém, há no homem, desde o mais primitivo até o mais civilizado, a idéia inata da existência de Deus. Acima, pois, do raciocínio lógico prova-nos a existência de Deus a intuição que dele temos. E, Jesus, ensinando-nos a orar no-lo revelou como o Pai: Pai Nosso, que estás no Céu, Santificado seja o teu nome. (...)
O Espiritismo, portanto, tem na existência de Deus o princípio maior, que está na base mesma desta Doutrina. Sem pretender dar ao homem o conhecimento da Natureza íntima de Deus, permite-se argumentar que prova a sua existência a realidade palpitante e viva do Universo. Se este existe, há de ter um divino Autor.
"(...) A história da idéia de Deus mostra-nos que ele sempre foi relativa ao grau de intelectualidade dos povos e de seus legisladores, correspondendo aos movimentos civilizadores, à poesia dos climas, às raças, à florescência de diferentes povos: enfim, aos progressos espirituais da Humanidade. Descendo pelo curso dos tempos, assistimos sucessivamente aos desfalecimentos e tergiversações dessa idéia imperecível que, às vezes, fulgurante e outras vezes eclipsada, pode, todavia, ser identificada sempre, nos fatos da Humanidade".
Nos movimentos revolucionários que aos poucos foram transformando a mentalidade da sociedade humana; às custas das idéias, opiniões e conceitos emitidos pelos sábios, filósofos, cientistas ou religiosos, podemos dizer que se de um lado "a ignorância havia humanizado Deus (...) a ciência diviniza-o (...)" por outro.
"(...) Outrora, Deus foi homem; hoje Deus é Deus. (...) O Ser Supremo, criado à imagem do homem, hoje vê apagar-se pouco a pouco essa imagem, substituída por uma realidade sem forma. (...) Outrora, Júpiter empunhava o raio, Apolo conduzia o Sol, Netuno senhoreava os mares... Na idolatria dos budistas, Deus ressuscitava um morto sobre o túmulo de um santo, fazia falar um mudo, ouvir um surdo, crescer um carvalho numa noite, emergir d’água um afogado... Desvendava a um estático as zonas do terceiro céu, imunizava do fogo, são e salvo, um santo mártir, transportava um pregador, num abrir e fechar de olhos, a cem léguas de distância, e derrogava, cada momento, as suas próprias, eternas leis...
A maioria dos crentes em Deus o conceituam como um super-homem, alhures assentado acima das nossas cabeças, presidindo os nossos atos. (...)"
Na realidade, pouco sabemos sobre a Natureza divina. "(...) Ele não é o Varouna dos árias, o Elim dos egípcios, o Tien dos chineses, o Ahoura-Mazda dos persas, o Brama ou Buda dos indianos, o Jeová dos hebreus, o Zêos dos gregos, o Júpiter dos latinos, nem o que os pintores da Idade Média entronizavam na cúspide dos céus.
Nosso Deus é um Deus ainda desconhecido, qual o era para os Vedas e para os sábios do Areópago de Atenas.(...)" No entanto, no estado evolutivo em que nos encontramos podemos sentir "(...) que Deus não é abstração metafísica, ideal que não existe (...). Não, Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo; por pouco que lhe dirijamos apelos e que lhe abramos o nosso coração, Ele nos esclarecerá com a sua luz, nos aquecerá no seu amor, expandirá sobre nós sua Alma imensa, sua Alma rica de todas as perfeições; por Ele e nele somente nos sentiremos felizes e verdadeiramente irmãos, fora dele só encontraremos obscuridade, incerteza, decepção, dor e miséria moral. (...)"
Tal é o conceito que nossa inteligência, na fase evolutiva em que se encontra, pode fazer de Deus.
BIBLIOGRAFIA
01. KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 75.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1994.Perg. 1.
02. DENNIS, Léon. Ação de Deus no mundo e na história. In O Grande Enigma. 6.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1980. Pág. 106.
03. FLAMMARION, Camille. Deus. In_.Deus na Natureza. Trad. de M. Quintão. 4.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1979. Pags. 383-385.
04. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 75.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1994. Perg.1.
XAVIER, Francisco Cândido. In: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
20 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1995, lição 139, p. 312.
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e a
Lei do Progresso
Jesus
Mateus, XXV,14-30
e
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Cap. VI, Obra codificada por Allan Kardec
Pesquisa: E. Mollo
1 - A parábola dos "talentos" (Mateus, XXV,14-30)
Porque assim é como um homem que, ao ausentar-se para bem longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens.
E deu a um cinco talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo.
O que recebera pois cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com eles e ganhou outros cinco.
Da mesma sorte também o que recebera dois ganhou outros dois.
Mas o que havia recebido um, indo-se com ele, cavou na terra, e escondeu ali o dinheiro de seu senhor.
E passando muito tempo, veio o senhor daqueles servos e chamou-os a contas.
E chegando a ele o que havia recebido os cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos dizendo: Senhor, tu me entregaste cinco talentos, eis aqui tens outros cinco mais que lucrei.
Seu senhor lhe disse: Muito bem servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor.
Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos, eis aqui tens outros dois que ganhei com eles.
Seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor.
E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és um homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na terra; eis aqui tens o que é teu.
E respondendo, seu senhor lhe disse: Servo mau e preguiçoso sabias que sego onde não semeei, e que recolho onde não tenho espalhado; devias logo dar o meu dinheiro aos banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com juro o que era meu.
Tirai-lhe, pois o talento, e dai-o ao que tem dez talentos; porque a todo o que já tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e a ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem.
E ao servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
2 - O que é talento:
- moeda antiga usada no tempo do Cristo na Grécia e em Roma ;
3 - A essência da parábola dos talentos, isto é, os ensinamentos morais que ela encerra segundo Jesus:
- os dois primeiros servos, que receberam cinco e dois talentos respectivamente, representam os homens que sabem cumprir bem seus deveres na terra, desenvolvendo os dons que a Misericórdia do Pai lhes concedeu e, o servo que recebeu um talento e o enterrou deixando-o improdutivo, representam os homens que com medo de enfrentar todas as vicissitudes da vida, se escondem na ociosidade ou se deixam dominar por outras criaturas, perdendo a oportunidade de multiplicar seu único talento, que é o melhor momento que o Pai lhes concede a fim de desenvolverem suas potencialidades intelectuais e espirituais.
4 - Segundo a Doutrina dos Espíritos:
- o homem que as distribui é Deus;
- os servos são os espíritos que encarnam na terra;
- ao encarnar-se, segundo o processo que realizou, cada espírito traz uma tarefa a cumprir em benefício de seus semelhantes;
- a uns é concedida uma tarefa de repercussão ampla;
- outros apenas no seio da família;
- mas todos trazem uma tarefa a cumprir;
- os homens que cumprem bem suas tarefas na terra são os que multiplicam os talentos e os que deixam de cumpri-la são os que enterram os talentos.
5 - Outros exemplos:
- os 5 talentos: SAÚDE, RIQUEZA, HABILIDADE, DISCERNIMENTO E AUTORIDADE
a) talento SAÚDE
Respeitando a SAÚDE, adquiriremos o TEMPO
b) talento RIQUEZA
Espalhando a RIQUEZA, aliciaremos a GRATIDÃO
c) talento HABILIDADE
Usando a HABILIDADE, receberemos a ESTIMA
d) talento DISCERNIMENTO
Movimentando o DISCERNIMENTO, conquistaremos o EQUILÍBRIO
e) talento AUTORIDADE
Distribuindo a AUTORIDADE de maneira equilibrada, ganharemos a ORDEM
- os dois talentos: INTELIGÊNCIA E PODER
a) talento INTELIGÊNCIA
Elevando a INTELIGÊNCIA, obteremos o TRABALHO
b) talento PODER
Submetendo o PODER a sábia vontade do Pai, atrairemos o PROGRESSO
- o único talento: A DOR
- são as dificuldades que se encontram pelos caminhos da vida e, que o desânimo ocasiona no viajor desatento: a preguiça, o medo; de trabalhar, de servir, de fazer amizades, de desapontar, etc. ocasionando a SUBSERVIÊNCIA, que também é um grande empecilho na multiplicação deste talento, e que é o motivo de desenvolvermos está exposição.
6 - o significado da palavra subserviência:
- servilismo, bajulação, adesão, anuência, condescendência servil, submissão voluntária a alguém ou alguma coisa.
7- Motivos em que a subserviência impede a multiplicação do talento:
- através da bajulação; por não ter coragem de mostrar os pontos de vistas e os conhecimentos próprios, por medo de ser criticado;
- através da submissão voluntária, por não ter coragem de enfrentar (no bom sentido)(*) com sua maneira de pensar E agir;
- o companheiro ou a companheira;
- o pai ou a mãe;
- o irmão ou a irmã;
- seus superiores no seu local de trabalho;
- o enfrentar a vida sozinho, etc. e etc.
(*) Esse enfrentamento, não significa que devemos ofender alguém, e sim, de mostrar - através de diálogos ou exemplos - que esse alguém, com suas atitudes, está impedindo que outras criaturas desenvolvam seus talentos, mesmo tendo, às vezes, de sermos enérgicos, e essa energia não pode ser ofensiva, mas educativa.
8 - A subserviência impede:
- a oportunidade de corrigir a diminuição humilhante do sexo feminino, típica das sociedades patriarcais;
- o desenvolvimento de uma empresa, um estado, um país, etc., por não ter a devida coragem de impor uma idéia, uma atitude;
- o desenvolvimento das potencialidades mentais;
- o não cumprimento dos próprios desígnios do Pai;
9 - Algumas soluções:
(Frases de Emmanuel in O Consolador)
- o conceito igualitário absoluto é impossível no mundo, dada a heterogeneidade das tendências, sentimentos e posições evolutivas no círculo da individualidade. A FRATERNIDADE, PORÉM, É A LEI DA ASSISTÊNCIA MÚTUA E DA SOLIDARIEDADE COMUM, SEM A QUAL TODO PROGRESSO, NO PLANETA, SERIA PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL.
- A fraternidade pode traduzir-se por cooperação sincera legítima, em todos os trabalhos da vida, e em toda cooperação verdadeira, o personalismo não pode subsistir, salientando-se que quem coopera cede sempre alguma coisa de si mesmo, dando o testemunho de abnegação, sem a qual a fraternidade não se manifestaria no mundo, de modo algum.
- Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto-adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus.
- Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma.
- O amor é a lei própria da vida e, sob o seu domínio sagrado, todas as criaturas e todas as coisas se reúnem ao Criador, dentro do plano grandioso da unidade universal.
- No caminho dos homens é ainda o amor que preside a todas as atividades da existência em família e em sociedade.
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DA LEI DO PROGRESSO
O LIVRO DOS ESPÍRITOS - CAPÍTULO VI – Obra codificada por Allan Kardec
Estado da natureza
Não são coisas idênticas o estado de natureza e a lei natural, o estado de natureza é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado de natureza, ao passo que a lei natural contribui para o progresso da Humanidade. (776)
O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório para o homem, que dele sai por virtude do progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor a compreende e pratica.
O homem, no estado de natureza tem menos necessidades, se acha isento das tribulações que para si mesmo cria do que num estado de maior adiantamento. É a felicidade do bruto. É ser feliz à maneira dos animais. As crianças também são mais felizes do que os homens feitos. (777)
O homem não pode retrogradar para o estado de natureza, o homem tem que progredir incessantemente e não pode volver ao estado de infância. Desde que progride, é porque Deus assim o quer. Pensar que possa retrogradar à sua primitiva condição fora negar a lei do progresso. (778)
Marcha do progresso
O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contacto social. (779)
O progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue imediatamente. O progresso intelectual pode engendrar o progresso moral fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. Muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos. Contudo, o progresso completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se.
O homem não tem o poder de paralisar a marcha do progresso, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la. Os que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde são pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter. (781)
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viv a, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.
Os homens que de boa-fé obstam ao progresso, acreditando favorecê-lo, porque, do ponto de vista em que se colocam, o vêem onde ele não existe, assemelham-se a pequeninas pedras que, colocadas debaixo da roda de uma grande viatura, não a impedem de avançar. (782)
Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto deveria, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma. (783)
O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações.
Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.
Se engana quem vê a perversidade do homem predominar neste mundo e diz que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos, mas se observar bem o conjunto, verá que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. (784)
O maior obstáculo ao progresso é o orgulho e o egoísmo. Fazendo referência ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura. (785) (Vide: Egoísmo, cap. XII.)
Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente.
BIBLIOGRÁFIA:
Jesús, Mateus, XXV,14-30
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro III, cap. VIII – Obra codificada por Allan Kardec
e textos diversos do Espírito Emmanuel e outros livros do movimento espírita.
XIFÓPAGOS ESPÍRITOS EM RECONCILIAÇÃO
Victor Manuel Pereira de Passos
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A revelação siamesa surgiu no século XIX, no ano de 1811, com o primeiro caso no mundo. O dos irmãos Chang e Eng Bunker, (origem do Sianesa, agora Tailândia – surge daí o nome siameses).
Darvin Straus escreveu um romance baseado no caso tendo despertado nos leitores pena e estupefação.
Eles então, nessa altura, tornam-se famosos e, daí se aplicou a expressão "irmãos siameses" para se referir aos que nasciam ligados fisicamente por alguma parte do corpo.
Estes gémeos foram levados para a Inglaterra, e depois para a América. Casaram com duas irmãs e tiveram 21 filhos no estado da Carolina do Norte, onde eram fazendeiros. Morreram no mesmo dia, com poucas horas de diferença, aos 63 anos, estabelecendo um recorde entre os gémeos siameses.
Existem várias tipologias de uniões de fetos nascituros;
- Uns são Craniópagos com ligação pelo crânio;
- os Toracópagos presos pelo tórax;
- os Isquiópagos amarrados pelos quadris;
- Xifopagos presos pelo apêndice xifoide…
Estas ligações se podem fazer por vários órgãos ou partes segmentares do corpo.
A percentagem desta incidência nas gestações , varia entre 500.000 e 200 000. E a maior taxa é a dos Toracópagos, cerca de 40%.
Gêmeos Siameses ocorrem um a cada 100.000 nascimentos;
Aproximadamente 40% a 60% dos casos de siameses nascem mortos;
A taxa de sobrevivência de gémeos unidos é algo em torno de 5% e 25%;
Na índia, durante o século XVI, os gémeos siameses eram queimados e na Europa eram sacrificados ao nascer, pois eram vistos como aberrações.
E no conceito medico, são classificados entre eles , em dois grupos,os “Parasitarios”, no qual um dos Seres é atrofiado e “anopluro”, no outro (“autosita”), que geralmente é bem desenvolvido e desenvolvido de forma regular.
O gémeo “parasita” mostra-se obsoleto, isto é, não tem o processo embrionário completo... Há casos em que só existe uma cabeça “parasita” inserida na cabeça (“autosita”) do gémeo desenvolvido.
No ponto de vista médico, as causas desses casos de Teratologia em gémeos, na situação de “Craniopagus parasiticus” o que surge como hipotese de ocorrer é da perfusão sanguínea a um dos gémeos unidos, e foi observado através da detecção de Hipolasia (desenvolvimento incompleto) das artérias umbilicais...enfim, faltando sangue para o incremento embrionário de um dos fetos, este ficará incompleto, daí a anomalia da teratologia...
Espiritualmente ‘um corpo apenas” não pode acolher “mais que um Espírito, além disso, não está demonstrado, cientificamente, que gémeas siamesas “necessitem uma da outra para viver”... no caso, específico, de Maria Luana e Maria Luisa., a gêmea “anopluro” é que precisava da outra para viver e a outra (“autosita”) em nada necessita do “anopluro” para viver e sobreviver... Haveria, então, dois Espíritos? A resposta, neste caso específico de craniopagus parasiticus, é bem mais difícil do que em outros casos de gémeos siameses...
O que determina, essencialmente, a presença do Espírito num corpo fisico, é o Princípio Inteligente, porque “um corpo pode viver sem inteligência, mas a mesma apenas se faz presente com o apoio da materia “união com o espírito”, pois ela “fornece a vitalidade inteletual à matéria animalizada” ,
L.E. Item 67. A vitalidade é um atributo permanente do agente vital, ou somente se desenvolve com o funcionamento dos órgãos?— Só se desenvolve com o corpo. Não dissemos que esse agente, sem a matéria, não é vida? É necessária a união de ambos para produzir a vida.
L.E. Item 71. A inteligência é um atributo do princípio vital?
— Não; pois as plantas vivem e não pensam, não tendo mais do que vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, pois um corpo pode viver sem inteligência, mas a inteligência não pode manifestar-se senão por meio dos órgãos materiais: somente a união com o espírito dá inteligência à matéria animalizada.
A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos, aos quais dá, com o pensamento de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer, a vontade de agir, a consciência de sua existência e relações com o mundo exterior e de prover às suas necessidades.
Podemos fazer a seguinte distinção:
1º) os seres inanimados, formados somente de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;
2º) os seres animados não-pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência;
3º) os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e tendo ainda um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.
Desta forma,verificamos que, no “anopluro não terá a presença da Inteligência, porém estariamos na presença de um natimorto, como diz L.E;
356-Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito?— Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: nada devia cumprir-se nelas. É somente pelos pais que essa criança nasce.
356-a. Um ser dessa natureza pode chegar ao tempo normal de nascimento?
— Sim, algumas vezes, mas então não vive.
No contexto de afinidade , visto não existir casualidade em nenhuma situação vivencial, no L.E., Cap.IV, Tema…Parecenças Físicas e Morais, mais concretamente nos itens: 211,212 e 213, os espíritos Superiores nos explicam que ;
- Os Espíritos simpáticos aproximam-se por analogia de sentimentos e sentem-se felizes por estar juntos.
- A semelhança entre as almas é tal, que faz com que nos pareçam em muitos casos uma só.
- Não é regra que sejam simpáticos os espíritos de gémeos. Acontece também que Espíritos maus entendem lutar juntos no palco da vida.
Existem também situações causais que ainda não estão fundadas. As hipóteses genéticas e fatores teratogénicos, como drogas, idade e nutrição materna, possíveis doenças da mãe..
Do ponto de vista reencarnatório, que razões levariam a justiça divina a permitir tais lastimavéis anomalias fisicas? Por que estes seres necessitariam permanecer jungidos biologicamente, compartilhando órgãos e funções orgânicas, o que é de mais íntimo e pessoal no espíritono corpo fisico?
Espíritos afins ou simpáticos (no caso dos siameses, a experiência poderá ser uma prova ou expiação agressiva no aspecto que ambos aceitam cumprir juntos), ou ser solução derradeira para causar a reaproximação entre espíritos muito adversos entre si.
É natural concluir serem os gémeos unidos por reencarnações expiatórias, resultantes de aversões e ódios seculares. Aqui a simbiose orgânica e mesmo a herança genética cuida de harmonizar vibrações mutuamente aversivas. Estando num "mesmo envolucro" reencarnatório e compartilhando partes do corpo físico, os espíritos hão de acordar, sob pena de perecerem ou de se mutilarem. No entanto estão subordinados a jazerem unidos, na vida corrente e na extensão da morte do corpo fisico. Outras razões possíveis seriam casos de espíritos que levaram a simbiose psíquica às últimas conseqüências, reparando agora, na carne, a patologia da função egoística ou, ainda, aqueles espíritos desprovidos de senso de limites, que invadiam patologicamente os limites e direitos naturais do próximo. Psicopatas insensíveis e destituídos de qualquer princípio ético estão incluídos nesta categoria.
Todo o espirito faz o seu destino e detem apenas o que merece, ou melhor, daquilo que se lhe oferece aquilo que necessita, este é o objetivo da reencarnação , o aperfeiçoamento espiritual,moral e inteletual.
E o veridico educacional, para a Humanidade, tem na dor, elo indispensável ao aprendizado, despertando a Consciência individual e coletiva para os valores reais do espírito, alicerçados nos princípios de ordem moral e na sabedoria que transcende a simples aquisição de conhecimentos intelectivos.
Dentro destes apêndices os Xifopagos que são aquilo que todos chamamos de gémeos siameses, no contexto espiritual.
Aqui a envolvência espiritual no importante é o papel dos Progenitores, pois não pode ser retirado, do concluio da provação, especialmente a Mãe. Logo na embriogenese em que o óvulo inicia a multiplicação, existe presença de dois Espíritos, durante a gestação permanecem unidos originando a ligação física.
O Espiritismo pela sua Ciência diz-nos que estes irmãos estão como que algemados no seu campo mental, pela sintonia e energias perniciosas que libertam , nas suas individualidades e que são recalcamentos, onde ódios, revoltas e vinganças,amores e desamores que se fazem recíprocas, mantendo uma envolvência tão nefasta que pode se prolongar por muito tempo. Daí a lei pela imposição se fazer presente pelo estágio compulsório, afim de diminuir a retracção mutua, pelo anestesiar da Justiça da Lei de causa e efeito.
Os recalcamentos são muitos, porém dessa forma se tenta restabelecer as divergências, e ao mesmo tempo revitalizar-lhes a vontade de restabelecimento, porque em qualquer projeto evolutivo a vontade de cada um tem que se fazer ao serviço, senão corre o risco de cair em areias movediças.
Neste objetivo como disse em cima os Pais não estão inocentes do processo , pois por consequência de valores e interesses com uma finalidade, terão nos hemisférios pretéritos envolvência energética nos seus campos mentais, e que terão oportunidade nesta vivência de refazer os desencontros e torná-los retoma de valores de amor, concórdia , respeito, reequilibrando suas identidades de forma a matar as cobranças, e tomar o rumo do perdão mutuo, porque de objetivo será a reconciliação e reconhecimento dos valores de amor, na mais sublime humildade, onde não hajam , réus , mas irmãos em busca da renovação moral, espiritual e intelectual.
Lembrando que nem todas as causas, nem casos são iguais, porém , não podemos retirar também dentro delas o processo obsessivo que ultrapassa as barreiras da matéria.
No âmbito terapêutico, a fluidoterapia, com prece constante, serão um tónico importante na recuperação dos intervenientes, bem como a toga da vontade , perseverançae duma fé racionada
Claro que a solução para a vida eterna passará sempre em todas as circunstâncias pelo AMOR sem condição e em humildade.
Bibliografia;
Livro Dos Espíritos por Allan Kardec
Parte 2 – Capitulo ; Parecenças físicas e morais, itens; (211;212;213)
Livro Gestação Sublime Intercâmbio – Drº Ricardo di Benardi
Revista Espirita Allan Kardec- Fonte; Luis António Paiva
Texto publicado no "Jornal de Espiritismo" e oferecido por um membro da AME Porto que é responsável pelo espaço jornalístico da coluna "Medicina e Espiritualidade"
Revista Espírita Allan Kardec
NOS MEANDROS ESQUIZOFRENIA VISÃO ESPIRITUAL
Victor Manuel Pereira de Passos
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A Esquizofrenia é um disturbio que envolve varias psicopatias e disfunções de indole mental que podem interligar-se.
Nas suas formas encontramos uma ruptura da orla psiquica, ou seja apresentações de distonias das funções inerentes ao psiquismo, que intuiem a distorção de persinalidade e a perda do sentido real adjacente da vida normalizada.
No entanto existem também fatores que são transmitidos pela sucessão remanescente dum preterito de antecedentes vivenciais, aquilo que são as enfermidades viroticas e seus efeitos psicossociais, sócio-economicos, afetivos e traumaticos marcantes.
Nesta ambivalência o enfermo mergulha numa coexistência alienatória, procurando nela viver sua libertação de ilusão conscia de complexo culporio, que lhe vai tomando o rumo comportamental numa dimensão só sua e fora do ambito real , digamos, isola-se num mundo muito seu , abstrato ao teor de envolvência que gerou a sua convivência, fecha-se no seu casulo consciencial, que não o da realidade.
Em tempos remotos, o trato com estes enfermos era aterrorizador em vez de apaziguador, considerados “loucos e perigosos” eram colocados em camisas de forças, isolavam-os em celas , tal qual de prisioneiros se tratasse, o uso de chouqes eletricos e por vezes violência,eram os meios usados para incutir o medo , forma de facilitar o trato com os mais excitados, enfim entoação à intimidação , que apenas iria realçar maior revolta no interior da mente atingida por esta terapia rudimentar , que no fundo reduzia-se ao destituir por falta de conhecimento, de vidas , que muito poderiam ainda alimentar de evolução e apenas ficariam na inercia do tempo em sofrimento. Claro que nada existe ao acaso e a Lei de causa e efeito nos presenteia em todos momentos com oportunidades de crescimento da alma, claro que na ordem de valores existirá sempre um sentido de renovação nestes episodios , mas que o tempo permitiram vir a ser também pela sumula do tempo , caminhos para aprendizado no culto da evolução de defesa e terapia em favor da doença.
Os tempos pela marca da reencarnação foram trazendo novas , através dos fenomenos de Jung e apoiados nas teorias de Freud, Blender Broca , Bleuler e outros.
Freud traz a psicanalise e Jung a psicologia analitica , uma inovação enorme para a complexibilidade da enfermidade, mas que apesar diferirem na analise projecionista, tem um cunho de grande evolução;
Carl Gustav Jung o qual se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito deinconsciente coletivo.
“Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do psiquismo.”
Esta evolução afirma-se pela ligação que Jung colocava aos fenomenos espirituais, os quais Feud como ateu, não partilhava, mas fica o registro de que os Hospicios deixaram de existir para “ loucos” mas para doentes com personalidades complexas a necessitar de analise e estudo permanente, tendo a complexibilidade de atendimento e terapia melhorado .
As alternativas alteraram de tal forma que inclusive, a presença em casa com a Familia em determinadas fases do restabelecimento se realizavam, para com isso criar o elo emocional de aproximidade, incentivando dessa forma o próprio doente dando-lhe confiança. Claro que cada caso é um caso, mas no geral do processo a terapia de grupo tem sempre um forte componente de empenhamento maior e um cariz de emoção que se faz sentir como tonico recuperador.
“E a pedagogia de aproximação, se tornou um barometro de grandeza maior, tal qual através do dialogo que temos em doutrinação nos trabalhos espirituais.” Eles necessitam de doutinação, dialogo, amor, atenção e auto-confiança”, lembro o “ conhece-te a ti mesmo”.
O reflexo dos fantasmas, da melancolia, do medo e revolta, não se curam com hostilidade mas com a voz da tolerância , amor e da renuncia, porque não existe espirito à face da terra e na erraticidade que não precise disso!?(estando ao mesmo nivel).
O transtorno esquizofrenico, a alienação mental e distorção da realidade traz nestes Seres vinculos de transitoridade revoltosos, porque não conseguem assimilar com fluidez as emoções, os sentimentos, fechando-se no seu mundo que é preciso abrir, porém muito desse espaço consciencial é tomado pela obsessão multifacetada e abre-se pelo vacuo do inconsciente através de ideoplastias constantes que necessitam de ser tomadas em conta e com plena relevância, um exame analitico, não resolve, ele carece de um acompanhamento psicoterapeutico e espiritual, tudo orque como sabemos ele já é uma disfunção do espirito , visto ser o nucleo da doença, porém é necessario tratar do perispirito por ser ele o responsavel por a distonia organica e psiquica , a qual acompanhada com influência perniciosa de espiritos de menor indole requerendo constante envolvência fluidica benfeitora de forma a toldar o seu pensamento com boas vibrações, a fluidoterapia tem aí o seu papel importante.
Quando falamos em adolescentes forma-se uma reformulação da sintomologia, mas identificando-se pela associação ao medo , preocupação em demasia com o corpo, obsessões bem vincadas pela marca de fragilidades enormes de conduta , e envolvendo os próprios familiares nessa teia de reajuste (Hiponcondria), demasiado apego aos ditames da doença, basta um simples adormecimento do dedo para se mostrar completamente desiquilibrados, outros fatores que se ajustam as estes casos, vinculação a estupefacientes e alcool recriam a delusão( falsa crença), perda de lucidez, aprisionamento a conflitos conscienciais e a caustificação dos mesmos pela ideoplastia do terror, que faz empedrenir o coração e manifestar a violência no cerne do coração.
Aqui é a reeducação no foro moral que se torna implacavel à na formula da provação compulsoria.
Hoje os meios são mais generosos fruto do estudo constante e da evolução humana,
o desenvolvimento de várias medicações e intervenções psico-sociais tem melhorado muito a perspectiva de pacientes com esquizofrenia. Os antipsicóticos já controlam os sintomas do transtorno sem causar tantos efeitos adversos estigmatizantes. Orientação e outras intervenções psico-sociais podem ajudar os pacientes e seus familiares a aprenderem a controlar o transtorno mais efetivamente, reduzir a perturbação social e ocupacional, melhorarando a reintegração social de pessoas com esquizofrenia.
Estes são os três componentes principais do tratamento da esquizofrenia:
Educação em termos práticos nas intervenções psico-sociais tem de ter como sentido reduzir sintomas positivos e negativos, melhorar a aderência ao tratamento, prevenir recaídas, melhorar as habilidades sociais e de comunicação. A intervenção psico-social é o complemento ideal para as terapias medicamentosas.
Os problemas enfrentados por pessoas com esquizofrenia são sociais, emocionais, pessoais, clínicos e de discriminação.
Não adianta rigorosas técnicas médicas e de reabilitação social, sem medicação combinada e reabilitação, daí no complio social poder ser revitalizado no aproveitamento à espiritualidade pelo estigma da auto - estima, do apoio moral e da energia recuperativa perispiritual pela transfusão fluidica reforçando o fulcro ativo dos medicamentos utilizados e pela água fluidificada e pela força da fé fervorosa e desanuviamento pela prece consoladora, forças maiores que adestradas à vontade são um solvente expressivo para a vida destes Irmãos ser de maior qualidade.
Bibliografia
World Psychiatric Association Section of Old Age Psychiatry Consensus Statement on Ethics and Capacity in older people with mental disorders”http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n4/169.htm
European Dementia Consensus Network Consensus Statements. Disponível em: http://edcon-dementia.net/en/consensusoverview.php. Acesso em: 30 jun 2010.
“ Autismo “ Uma Leitura Espiritual” Herminio Miranda
Wikipedia
Livro Dos Mediuns de Allan Kardec
Nas suas formas encontramos uma ruptura da orla psiquica, ou seja apresentações de distonias das funções inerentes ao psiquismo, que intuiem a distorção de persinalidade e a perda do sentido real adjacente da vida normalizada.
No entanto existem também fatores que são transmitidos pela sucessão remanescente dum preterito de antecedentes vivenciais, aquilo que são as enfermidades viroticas e seus efeitos psicossociais, sócio-economicos, afetivos e traumaticos marcantes.
Nesta ambivalência o enfermo mergulha numa coexistência alienatória, procurando nela viver sua libertação de ilusão conscia de complexo culporio, que lhe vai tomando o rumo comportamental numa dimensão só sua e fora do ambito real , digamos, isola-se num mundo muito seu , abstrato ao teor de envolvência que gerou a sua convivência, fecha-se no seu casulo consciencial, que não o da realidade.
Em tempos remotos, o trato com estes enfermos era aterrorizador em vez de apaziguador, considerados “loucos e perigosos” eram colocados em camisas de forças, isolavam-os em celas , tal qual de prisioneiros se tratasse, o uso de chouqes eletricos e por vezes violência,eram os meios usados para incutir o medo , forma de facilitar o trato com os mais excitados, enfim entoação à intimidação , que apenas iria realçar maior revolta no interior da mente atingida por esta terapia rudimentar , que no fundo reduzia-se ao destituir por falta de conhecimento, de vidas , que muito poderiam ainda alimentar de evolução e apenas ficariam na inercia do tempo em sofrimento. Claro que nada existe ao acaso e a Lei de causa e efeito nos presenteia em todos momentos com oportunidades de crescimento da alma, claro que na ordem de valores existirá sempre um sentido de renovação nestes episodios , mas que o tempo permitiram vir a ser também pela sumula do tempo , caminhos para aprendizado no culto da evolução de defesa e terapia em favor da doença.
Os tempos pela marca da reencarnação foram trazendo novas , através dos fenomenos de Jung e apoiados nas teorias de Freud, Blender Broca , Bleuler e outros.
Freud traz a psicanalise e Jung a psicologia analitica , uma inovação enorme para a complexibilidade da enfermidade, mas que apesar diferirem na analise projecionista, tem um cunho de grande evolução;
Carl Gustav Jung o qual se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito deinconsciente coletivo.
“Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do psiquismo.”
Esta evolução afirma-se pela ligação que Jung colocava aos fenomenos espirituais, os quais Feud como ateu, não partilhava, mas fica o registro de que os Hospicios deixaram de existir para “ loucos” mas para doentes com personalidades complexas a necessitar de analise e estudo permanente, tendo a complexibilidade de atendimento e terapia melhorado .
As alternativas alteraram de tal forma que inclusive, a presença em casa com a Familia em determinadas fases do restabelecimento se realizavam, para com isso criar o elo emocional de aproximidade, incentivando dessa forma o próprio doente dando-lhe confiança. Claro que cada caso é um caso, mas no geral do processo a terapia de grupo tem sempre um forte componente de empenhamento maior e um cariz de emoção que se faz sentir como tonico recuperador.
“E a pedagogia de aproximação, se tornou um barometro de grandeza maior, tal qual através do dialogo que temos em doutrinação nos trabalhos espirituais.” Eles necessitam de doutinação, dialogo, amor, atenção e auto-confiança”, lembro o “ conhece-te a ti mesmo”.
O reflexo dos fantasmas, da melancolia, do medo e revolta, não se curam com hostilidade mas com a voz da tolerância , amor e da renuncia, porque não existe espirito à face da terra e na erraticidade que não precise disso!?(estando ao mesmo nivel).
O transtorno esquizofrenico, a alienação mental e distorção da realidade traz nestes Seres vinculos de transitoridade revoltosos, porque não conseguem assimilar com fluidez as emoções, os sentimentos, fechando-se no seu mundo que é preciso abrir, porém muito desse espaço consciencial é tomado pela obsessão multifacetada e abre-se pelo vacuo do inconsciente através de ideoplastias constantes que necessitam de ser tomadas em conta e com plena relevância, um exame analitico, não resolve, ele carece de um acompanhamento psicoterapeutico e espiritual, tudo orque como sabemos ele já é uma disfunção do espirito , visto ser o nucleo da doença, porém é necessario tratar do perispirito por ser ele o responsavel por a distonia organica e psiquica , a qual acompanhada com influência perniciosa de espiritos de menor indole requerendo constante envolvência fluidica benfeitora de forma a toldar o seu pensamento com boas vibrações, a fluidoterapia tem aí o seu papel importante.
Quando falamos em adolescentes forma-se uma reformulação da sintomologia, mas identificando-se pela associação ao medo , preocupação em demasia com o corpo, obsessões bem vincadas pela marca de fragilidades enormes de conduta , e envolvendo os próprios familiares nessa teia de reajuste (Hiponcondria), demasiado apego aos ditames da doença, basta um simples adormecimento do dedo para se mostrar completamente desiquilibrados, outros fatores que se ajustam as estes casos, vinculação a estupefacientes e alcool recriam a delusão( falsa crença), perda de lucidez, aprisionamento a conflitos conscienciais e a caustificação dos mesmos pela ideoplastia do terror, que faz empedrenir o coração e manifestar a violência no cerne do coração.
Aqui é a reeducação no foro moral que se torna implacavel à na formula da provação compulsoria.
Hoje os meios são mais generosos fruto do estudo constante e da evolução humana,
o desenvolvimento de várias medicações e intervenções psico-sociais tem melhorado muito a perspectiva de pacientes com esquizofrenia. Os antipsicóticos já controlam os sintomas do transtorno sem causar tantos efeitos adversos estigmatizantes. Orientação e outras intervenções psico-sociais podem ajudar os pacientes e seus familiares a aprenderem a controlar o transtorno mais efetivamente, reduzir a perturbação social e ocupacional, melhorarando a reintegração social de pessoas com esquizofrenia.
Estes são os três componentes principais do tratamento da esquizofrenia:
- Medicamentos para aliviar os sintomas e prevenir recaídas;
- Educação e intervenções psico-sociais para ajudar os pacientes e seus familiares a solucionar problemas, lidar com o estresse, enfrentar a doença e suas complicações, e ajudar a prevenir recaídas;
- Reabilitação social para ajudar os pacientes a se reintegrarem na comunidade recuperando a atividade educacional ou ocupacional.
Educação em termos práticos nas intervenções psico-sociais tem de ter como sentido reduzir sintomas positivos e negativos, melhorar a aderência ao tratamento, prevenir recaídas, melhorar as habilidades sociais e de comunicação. A intervenção psico-social é o complemento ideal para as terapias medicamentosas.
Os problemas enfrentados por pessoas com esquizofrenia são sociais, emocionais, pessoais, clínicos e de discriminação.
Não adianta rigorosas técnicas médicas e de reabilitação social, sem medicação combinada e reabilitação, daí no complio social poder ser revitalizado no aproveitamento à espiritualidade pelo estigma da auto - estima, do apoio moral e da energia recuperativa perispiritual pela transfusão fluidica reforçando o fulcro ativo dos medicamentos utilizados e pela água fluidificada e pela força da fé fervorosa e desanuviamento pela prece consoladora, forças maiores que adestradas à vontade são um solvente expressivo para a vida destes Irmãos ser de maior qualidade.
Bibliografia
World Psychiatric Association Section of Old Age Psychiatry Consensus Statement on Ethics and Capacity in older people with mental disorders”http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n4/169.htm
European Dementia Consensus Network Consensus Statements. Disponível em: http://edcon-dementia.net/en/consensusoverview.php. Acesso em: 30 jun 2010.
“ Autismo “ Uma Leitura Espiritual” Herminio Miranda
Wikipedia
Livro Dos Mediuns de Allan Kardec
“Memorias de um suicida “por YVONNE A. PEREIRA
“A Natureza nunca se ausenta, nós é que nos afastamos dela” Cravo
SUMARIO: Introdução. 1. Conceitos. 2. Protocolos. 3. Citações. 4. Histórico. 5. Desenvolvimento. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O que é o meio ambiente? O que é a Ecologia? O que são Ecossistemas? Nichos ecológicos? Redundâncias funcionais? O que é Ecótono, Biótopo, Bioma e Biosfera? O Que é Sustentabilidade ambiental? Protocolos, Causas e Consequências, Educação ecológica, Qual o Efeito dos atos hominais? Visão da problemática ambiental, com os subsídios oferecidos pelo Espiritismo, para uma melhor interpretação da temática que permeada nas Leis da destruição, Conservação e Gênese da evolução moral e sustentável.
2. CONCEITOS
O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não - vivas ocorrendo naTerra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos.
Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972 definiu-se (1)"O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."
A Ecologia dedica-se ao estudo científico das inter-relações entre os seres vivos e o ambiente; dessa forma, encarrega-se tanto da análise dos organismos em si (sua fisiologia alimentar, reprodutiva etc.) como dos fatores físicos que influem sobre essas relações (a temperatura, a pressão atmosférica, a umidade e a natureza do solo, as condições do meio aquático etc.).
A ecologia é uma ciência multidisciplinar. Um verdadeiro compêndio sobre o meio ambiente.
A ecologia é uma ciência multidisciplinar. Um verdadeiro compêndio sobre o meio ambiente.
A Ecologia é muito mais antiga que o meio ambiente, e até por isso a confusão de significados reais. Surgiu em 1867, pelo zoólogo Ernest Haeckel (1834-1919), e foi quem utilizou pela primeira vez o termo "ecologia" para definir as relações entre os seres vivos e os habitats, embora esse conceito já existisse de maneira dispersa anteriormente, naquilo que na época se conhecia como "História Natural". O início da Ecologia como uma nova ciência, porém, se deu a partir de pesquisas interdisciplinares, como a expedição oceanográfica do navio britânico Challenger (1872-1876), que contou com uma notável equipe de cientistas de várias especialidades. ( 2)
Ecossistemas é o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades.
Nichos ecológicos é o modo de vida de cada espécie no seu habitat. Concebe o conjunto de atividades que a espécie realiza, incluindo relações alimentares, obtenção de abrigos e locais de reprodução, ou seja, como, onde e à custa de quem a espécie se alimenta, para quem serve de alimento, quando, como e onde busca abrigo, como e onde se reproduz. Numa comparação clássica, o habitat representa o "endereço" da espécie, e o nicho ecológico equivale à "participação, ativa ou passiva, no ambiente".
Redundância funcional - Em ecologia, redundância funcional é uma característica das comunidades biológicas que descrevem quanto interagem as espécies no ecossistema.
Numa comunidade biológica, formada pelas espécies que interagem no e com o ambiente em um dado local, o número de espécies é uma forma de descrever sua diversidade e complexidade, muitas vezes denominada de riqueza de espécies ou biodiversidade. Nesta perspectiva, algumas espécies podem desempenhar papeis equivalentes num ecossistema (funcionalmente redundantes) e podem tornar-se localmente extintas sem causar perdas substanciais no funcionamento do ecossistema (3)
Ecótono é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de transição ( ecótono ) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos.
Biótopo ou ecótopo (do grego βιος - bios = vida + τόπoς = lugar, ou seja, lugar onde se encontra vida) é uma região que apresenta regularidade nas condições ambientais e nas populações animais e vegetais, das quais é o habitat.
Biomas são ecossistemas com características próprias, normalmente ditadas pela localização geográfica (latitude ou altitude), clima e tipo de solo. São divididos em:
Terrestres ou continentais Aquáticos
Geralmente se dá um nome local a um bioma em uma área específica.
Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É um conceito da Ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora o conceito seja geralmente alargado para incluir também os seus habitats.
O termo "Biosfera" foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard Suess. Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos.
Sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para outras espécies e a qualidade de vida para as pessoas, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.
As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milênio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental, através de quatro objectivos principais:
- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
- Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
- Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e saneamento básico.
- Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza. (4,5,6,7)
2. PROTOCOLOS
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC) naECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992).
3. CITAÇÕES
Vida sustentável - É “Ter consciência da precariedade dos bens, poupando, conservando, enfim assumindo a abordagem de sobreviventes. Deveríamos viver como sobreviventes, poupar, não desperdiçar, limpar terreno e ar, de modo que se possa viver.” (José Saramago)
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“Espaço e Luz e Ordem. Essas são as coisas que o ser humano precisa tanto quanto pão ou um lugar para dormir”. (Le Corbusier)
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“Forma segue função – isso tem sido mal interpretado. Forma e função deveriam ser um só, junto numa união espiritual”. (Frank Lloyd Wright)
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Como o completo é sempre imperfeito, a perfeição sempre é incompleta. (Carl Gustav Jung)
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O céu, a terra e a humanidade são as três forças no mundo, e o homem têm o papel de trazer harmonia para as duas outras – o céu como a força criativa dos acontecimentos no tempo, e a terra como a força receptiva da expansão no espaço. O céu mostra as imagens, e o homem com vocação as realiza. O livro das transformações (I Ching), onde encontramos esta frase, é baseado na intuição que a última verdade não consta nas situações passivas, mas na lei espiritual, que dá um significado e um impulso de efeito contínuo a todos acontecimentos. (Richard Wilhelm)
4. HISTORICO
Desde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o Planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição.
As mudanças climáticas, estão à vista de todos, só não vê quem não quer! Nem necessitamos ir muito longe, as transformações estacionais de monitorização em Portugal, onde quase nem temos Inverno ou Verão, tudo se confunde, as nebulosidades tem aumentado, as temperaturas estão desreguladas, na envolvência Mundial, furacões. Flores no Pólo Norte, Tsunamis, Terremotos. Degelo no Pólo Sul, as piores inundações em 100 anos na Inglaterra, chuvas sem precedentes no Quênia e África do Sul, neve pela primeira vez nos Emirados Árabes
“A ONU divulgou um estudo mostrando que os desastres naturais aumentaram em 60% em relação à década passada. A partir do Tsunami, o número de Furacões na América do Norte, adicionam-se extraordinariamente, os Tufões no Japão e os Tornados nos Estados Unidos. Nem mesmo a investigação sobre os 400 mil anos da Era do Gelo revela algo paralelo.” Estamos, no meio de algo que nos leva a ter que refletir!
Basta ver que nos últimos trinta anos o gelo marinho no Ártico, diminuiu 40% e os mares podem crescer nos próximos 6 anos, cerca de seis metros. O aumento do nível do mar, é uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e graves problemas sociais.
O efeito estufa por conta da poluição é um facto. Apesar do Protocolo de Quioto que para é manifestamente uma dissimulação, pois ainda existem Países, que nada estão a fazer por atenuar os malefícios da contaminação do ar. Por questões econômicas, inventam questiúnculas de que nada tem que ver com a realidade. No entanto o problema também passa pela falta de unanimidade nas conclusões científicas, pois existem vertentes que defendem que se trata apenas da mudança para uma nova Era Glaciar, pois não seria também nada de anormal, pois em milhões de anos elas têm acontecido. Existe porém uma realidade bem concreta, o aquecimento global da Terra e as transformações climáticas também, que o futuro, nos mostra em sinais ecológicos, temporais e geológicos?!
É importante esclarecer que a própria Gênese Espírita de Allan Kardec nos fala em Revoluções Gerais ou Parciais
Item1. Os períodos geológicos marcam as fases do aspecto geral do globo, por efeito de suas transformações; porém, exceção feita do período diluviano, que traz os sinais de uma súbita transformação, todos os outros se cumpriram lentamente e sem transição brusca. Durante todo o tempo que os elementos constitutivos do globo levaram para tomar seu lugar, as mudanças deviam ter sido gerais; uma vez consolidada a base, não havia a produzir senão modificações parciais na superfície.
Estas modificações estão a ter reflexo agora também, no sentido contrario e com outras causas, mas de forma idêntica, provocando a mudança das Regiões, bem como perante determinados fatores que provocam a desestruturação que tivera ligar noutro sentido nas revoluções gerais pretéritas. ”Grifos meus”.
Item2. Além das revoluções gerais, a Terra passou por um grande número de perturbações locais que mudaram o aspecto de certas regiões. Onde duas causas contribuíram para tanto: o fogo e a água.
O fogo, seja por erupções vulcânicas que sepultaram sob espessas camadas de cinzas e de lavas os terrenos circunvizinhos, fazendo desaparecer as cidades e seus habitantes; seja por tremores de terra, seja por levantamentos da crosta sólida, represando as águas nas regiões mais baixas; seja pela inclinação dessa mesma crosta, em certos lugares, por sobre uma extensão mais ou menos grande, onde as águas se precipitaram deixando outros terrenos a descoberto. Foi assim que surgiram as ilhas no seio do Oceano, enquanto que outras desapareceram; que porções de continentes se separaram da terra firme e formaram ilhas, que braços de mar postos a seco reuniram ilhas aos continentes.
A água, seja por invasão ou retorno do mar em certas costas, seja por represamentos que, ao deter os cursos de água, formaram os lagos; seja por cheias e inundações; seja enfim por aterros formados na embocadura dos rios. Esses aterros, fazendo o mar recuar, criaram numerosas regiões: tal é a origem do delta do Nilo ou Baixo-Egito, do delta do Ródano ou Camarga.
Realmente é verdade que as eclosões vulcânicas moldaram o aspeto do meio fisico, mas as a águas assim lhe tomaram os recortes das vertentes arenosas, pela erosão dos solos, e as variações constantes, fatores dependentes da eustasia, bem como variações do degelo ou sua fusão, mas que são visíveis nessas mesmas eras glaciares, neste período devido às contrações térmicas, alterando também o clima. Estes espaços cíclicos de transformação demonstram a força da Natureza, mas também que o homem nas atitudes são forças que se lhes tem de creditar a transformação. ”grifos meus”.
Item 8, na mesma Gênese Espírita A. Kardec. Revoluções Periódicas, “Em consequência da precessão dos equinócios, sucede que os meses não correspondem mais às mesmas constelações. De tal movimento cônico do eixo, resulta que os pólos da Terra não olham constantemente os mesmos pontos do céu a cada renovação do período de 25.868 anos. (1)
(1) O deslocamento gradual das linhas isotérmicas, fenômeno reconhecido pela ciência de maneira tão positiva quanto o deslocamento do mar, é um fato material que confirma essa teoria.
Item 9. As consequências desse movimento não puderam ainda ser determinadas com precisão, pois que não tem sido possível observar senão uma parte muito pequena de sua revolução; com relação a tal assunto, pois, não há senão presunções, das quais algumas têm certa probabilidade.
Essas consequências são:
1º _ O aquecimento e o resfriamento alternativo dos pólos e, por conseguinte, a fusão dos gelos polares durante a metade do período de 25.868 anos, e sua nova formação durante a outra metade desse período. Daí resultará que os pólos não serão votados a uma esterilidade perpétua, mas gozarão por sua vez os benefícios da fertilidade.
2º _ O deslocamento gradual do mar, que pouco a pouco invade as terras, enquanto que descobre outras, para as abandonar de novo e reentrar em seu antigo leito. Este movimento periódico, renovado indefinidamente, constituiria verdadeira maré universal de 25.868 anos.
A lentidão com a qual se opera este movimento do mar torna-o quase imperceptível a cada geração; porém é sensível ao fim de alguns séculos. Não pode causar nenhum cataclismo súbito, pois que os homens se retiram, de geração em geração, à medida que o mar avança, e eles avançam sobre as terras de onde o mar se retira. É a esta causa, mais que provável, que alguns sábios atribuíam a retirada do mar, em certas costas, e sua invasão em outras.
Nós, porém sabemos que o degelo, o efeito estufa,o branqueamento de corais,as migrações forçadas, o desregramento no contexto do desmatamento das florestas, a destruição de espécies essenciais ao equilíbrio do meio, a poluição louca provocada pelos excessos de níveis de carbono,o mercúrio a subir nos oceanos,estão a contribuir para que a doença se instale no Planeta. ”grifos meus”
No item 14. Dos Cataclismos Futuros na A Gênese de A. Kardec; Fisicamente, a Terra já teve as convulsões de sua infância; ela entrou agora num período de estabilidade relativa: no período do progresso pacífico, que se realiza pela reprodução regular dos mesmos fenômenos físicos, e pelo concurso inteligente do homem. Porém ela ainda está em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa de suas maiores comoções. Até que a humanidade haja crescido suficientemente em perfeição pela inteligência, e pela prática das leis divinas, as maiores perturbações serão causadas pelo homem, e não pela natureza, isto é, serão mais morais e sociais que físicas.
“As coisas aconteciam numa escala de tempo geológica agora sucedem no tempo de uma vida humana” (National Geographic)
CONCLUSÃO
“A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos.” (J. Jacques Rousseau)
Encontramos no livro Consolador, as questões de número 27 e 121, em que se lê:
“Como devemos compreender a Natureza?” e a resposta de Emmanuel foi a seguinte: “A Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos”.
Na pergunta 121,questiona-se: “O meio Ambiente influi no Espírito?” Emmanuel responde: “O meio ambiente em que a alma renasceu, muitas vezes constitui a prova expiatória; com poderosas influências sobre a personalidade, faz-se indispensável que o coração esclarecido coopere na sua transformação para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência”.
A Natureza Criação de Deus, não lhe é permitido dar pulos. Todo o Universo existencial, segue o seu movimento evolutivo e, esse ambiente planetário terrestre, foi destinado ao Homem para que nele crescesse , logo sendo também o seu caminho lento e progressivo na busca do equilíbrio pela razão de tudo que o envolve, tem enormes responsabilidades para mudar o rumo das coisas de forma a valorizar os processos que lhe são oferecidos para a sua expressão prossiga, dentro do parâmetros dos Ensinamentos do Mestre, colocando-os na pratica e defesa dos seus direitos, mas também cumprir os seus deveres e entre eles está a pedra angular de todo o processo evolutivo , o amor em toda a sua sublimidade.
Não será fácil o homem fazer cumprir seus compromissos, pela disparidade de individualidades e diferença moral entre eles, mas a Espiritualidade generosa não vive na inércia e coordena de forma proporcional todo este desenvolvimento e a seu tempo se fará jus pela verdade e bom senso e os homens que já começam a levantar as bandeiras da defesa ecológica, bem como os governantes físicos que começam a tomar medidas , mesmo que a conta gotas são reflexo de que a única diferença que existe entre eles é a cegueira pelo poder e o abismo da riqueza, porém a mesma se pode apagar por um simples sopro da Natureza.
Basta olharmos em redor e verificar o aumentos de intempéries, não só pelas forças da Natureza do vento, das águas ou das pressões atmosféricas , mas também pelo flagelo das doenças do físico , que levam o homem, a refletir-se como um espírito em necessidade de evolução espiritual , moral e intelectual e não como elo materialista , apenas pensando só nele!
Nós Espíritas temos obrigação de tomar também a bandeira em defesa daquilo que nos foi emprestado para o estagio evolutivo e o crescimento, a educação e evangelização são mais do que remédio urgente para mudar as mentes e aliviar o curso da gerações provenientes da nossa escol familiar, dando-lhe o alimento da lucidez espiritual e moral, e a revitalização do amor pelo amor, em todas as vertentes da vida.
“Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo”. (Mahatma Gandhi)
“Por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta.” (Confúcio)
Em todas as pesquisas, tomai exemplo sobre as leis naturais, elas são todas solidárias entre si; e é esta solidariedade de ações que produz a imponente harmonia de seus efeitos. Homens, sede solidários, e avançareis harmonicamente para o conhecimento da felicidade e da verdade. Revista Espírita, Paris, 18 de setembro de 1868.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
(3) LAWTON J.H, BROWN V.K (1993) Redundancy in ecosystems. In: SCHELZE E.D, MOONEY H.A (eds) Biodiversity and ecosystem function. Springer, Berlin Heidelerg New York , pp 255-270.
(5) www.epa.gov.
(6) www.acdi-cida.gc.ca.
(7) www.ces.vic.gov.au.
(8) National Geographic
(9) Livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, nas questões de nº 27, 28 e 121
Revista Espírita, Paris, 18 de setembro de 1868
Victor Passos
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Kardec e o Auto de Fé de Barcelona
A manhã de 9 de outubro surgiu perfumada e radiosa.
Na esplanada de Barcelona, trezentos exemplares de livros e opúsculos devem morrer.
A Idade Média ainda se demora na dourada terra de Espanha. O Santo Ofício trucida e, envenenado pela intolerância, sentindo o soçobro que se aproxima, destila ódio e violência, tentando manter a soberania.
A autoridade eclesiástica lê o libelo burlesco.
A multidão tem lágrimas nos olhos.
Archote fumegante aparece e, em breve, ousadas línguas de fogo transformam-se em labaredas, devorando as páginas grandiosas dos livros libertadores.
Temperamentos audazes atiram-se sobre as chamas que diminuem de intensidade e arrancam páginas chamuscadas que se transformarão em documentos preciosos do crime. Emocionado pintor, desejando eternizar o ato de barbaria sob a inspiração do momento, regista em cores e traços vigorosos o atentado à liberdade de consciência.
As cinzas e a tela são endereçadas ao Codificador.
Em Paris, Kardec dobra-se sob o peso da própria dor.
O gigante lionês tem a alma ferida. O vigoroso coração, parecido a corcel fogoso, agora exaurido, trabalha dominado pelo gigantismo do sofrimento.
Mentalmente, recorda a figura martirizada de João Huss, o Apóstolo queimado vivo no século XV por sentença do Concílio de Constança, apesar do salvo-conduto que o Imperador Sigismundo lhe havia dado...
A impiedade e o despotismo da fé em decadência queimá-lo-iam agora, se o pudessem. E nessa impossibilidade tentam destruir-lhe a obra, já que nada podem contra as idéias.
Todavia, recolhido à oração salutar, parece-lhe escutar as Vozes dos Céus - aquelas mesmas que o conduziram na compilação dos primeiros trabalhos - que lhe dirigem as expressões de alento e vigor.
"Ninguém poderá destruir o edifício da fé imortalista!" - tem a impressão de ouvir na intimidade da mente.
Os Imortais estão de pé no campo de batalha.
A Doutrina Espírita é Jesus Cristo de retorno aos corações, acolitado pelas legiões dos Espíritos Eleitos, abrindo as portas para o acesso à verdadeira vida.
É necessário que o trabalhador experimente o suplício e tenha os braços atados à cruz dos testemunhos necessários, para que ele triunfe.
Jesus não se fizera respeitar pelos contemporâneos e através dos tempos pelo que ensinou, mas pelo legado da renúncia e do sacrifício.
Assim também, a Doutrina Espírita, reivindicando as luzes da Imortalidade do Senhor e da renovação dos conceitos evangélicos na Terra, deveria experimentar o guante das mesmas dilacerações...
Era indispensável sofrer de pé, confiando, imperturbável!...
Allan Kardec, vitalizado pelo fluxo da misericórdia divina e encorajado pelo tônus celeste, levanta-se outra vez, fita os cimos dourados que a vida lhe reserva, renova as disposições do espírito e, jubiloso, continua a luta.
A Doutrina Espírita se lhe afigura, então, um anjo de luz dilatando as asas sobre a Terra inteira e vestindo-a de claridade...
-0-0-0-
Mestre! Cem anos depois de Barcelona, o Brasil, que te guarda a mais profunda gratidão, ergue-se em louvor, através das mil vozes dos beneficiários do teu carinho, para te agradecer os sacrifícios.
Contempla dos Altos Cimos, a colossal legião de servidores do Cristo, seguindo as tuas pegadas e esparzindo o aroma da tua mensagem, em toda parte.
Barcelona vive em nossos corações reconhecidos.
As obras incineradas se multiplicaram e levam a mensagem vibrante dos Espíritos da Luz à Humanidade toda.
Ninguém pôde paralisar tuas mãos no sacerdócio da escrita, nem força alguma silenciou teus lábios no ministério da pregação...
Quando o corpo se negou a prosseguir contigo, extenuado pelo trabalho infatigável, já o mundo compreendia a Mensagem de Jesus com que enriqueceste a Terra.
E hoje, quando ameaças se levantam em toda parte, dirigidas à paz das criaturas, em forma de intranqüilidade e pavor, a Doutrina que nos legaste, como bandeira de vida, é o penso consolador nas mãos de Jesus Cristo, medicando as feridas de todos os corações.
Glória a ti, desbravador do Continente da Alma!
A Humanidade espiritista, renovada e feliz, edificada no teu trabalho eficiente, rende-te o culto da gratidão e do respeito.
Salve, Allan Kardec, no dia 9 de outubro, cem anos depois de Barcelona!
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CÉU ;INFERNO E PURGATÓRIO
Depois do desencarne, os objectivos conseguidos através das nossas obras no plano material determinam a situação de vida que o Espírito vai ter no plano espiritual. No intervalo de suas existências corpóreas o Espírito permanece por tempo mais ou menos longo no mundo espiritual, onde é feliz ou infeliz segundo o bom ou mau uso do seu livre-arbitrio. A vida espiritual é a vida real. Nela o espirito progride igualmente e adquire conhecimentos que poderia não auferir na Terra. Aí se prepara para jornada que se aproxima no plano fisico, até que se purifique e deixe de ter necessidade de novas experiências corpo fisico.
O Espírito, portanto, depois de desencarnado, vai habitar num local segundo a sua identidade moral e afinidade.
Será inferno, purgatório ou ceu!
O Espírito, portanto, depois de desencarnado, vai habitar num local segundo a sua identidade moral e afinidade.
Será inferno, purgatório ou ceu!
Vejamos a opinião da Doutrina Espirita
INFERNO
O Inferno é uma expressão bíblica, usada pelas religiões convencionais .Seria local para onde iam os maus. Esta imagem foi criada pela doutrina cristã e originária do paganismo.. Não tendo o perfeito entendimento da vida espiritual, nem da justiça de Deus, imaginou-se que os homens maus só poderiam merecer um castigo eterno.
Criavam a temencia a Deus, tendo- O como castigador implacavel.
A Doutrina Espírita veio nos esclarecer sobre esse importante dogma das penas eternas, passado pelas religiões da época. Ensina que o Inferno é a morada temporária de entidades primitivas e de baixa moral, inimigas do Bem e revoltadas contra ajustiça Divina. Dentro da várias moradas, nessas permanecem transitoriamente as almas dos que se comprazem no assassínio, no furto, na mentira, na luxúria e nas paixões humanas.
Os Espíritos desencarnados que vão para esses locais não ficam neles definitivamente. Eles permanecem la por períodos de tempo, até que surjam novas oportunidades de reencarnação. Todos os Espíritos inferiores, amigos do erro, cedo ou tarde encontrarão a chaves da libertação através do esclarecimento reencarnatório.
O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujas fragilidades viciosas e sentimentos negativos predominam em sua individualidade, que se inclinam para o mal e se comprazem. São irmãos imperfeitos e ignorantes, que criaram o seu próprio inferno nas suas consciência e que, pela misericordia do Pai Celestial, através de sucessivas vidas também alcançarão a perfeição.
PURGATÓRIO
Criavam a temencia a Deus, tendo- O como castigador implacavel.
A Doutrina Espírita veio nos esclarecer sobre esse importante dogma das penas eternas, passado pelas religiões da época. Ensina que o Inferno é a morada temporária de entidades primitivas e de baixa moral, inimigas do Bem e revoltadas contra ajustiça Divina. Dentro da várias moradas, nessas permanecem transitoriamente as almas dos que se comprazem no assassínio, no furto, na mentira, na luxúria e nas paixões humanas.
Os Espíritos desencarnados que vão para esses locais não ficam neles definitivamente. Eles permanecem la por períodos de tempo, até que surjam novas oportunidades de reencarnação. Todos os Espíritos inferiores, amigos do erro, cedo ou tarde encontrarão a chaves da libertação através do esclarecimento reencarnatório.
O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujas fragilidades viciosas e sentimentos negativos predominam em sua individualidade, que se inclinam para o mal e se comprazem. São irmãos imperfeitos e ignorantes, que criaram o seu próprio inferno nas suas consciência e que, pela misericordia do Pai Celestial, através de sucessivas vidas também alcançarão a perfeição.
PURGATÓRIO
Purgatório é um termo usado no Catolicismo. Foi criado pela "necessidade" de alojar as almas dos irmãos com conduta mediana. Que achavam não merecer o céu.. Allan Kardec diz que o purgatório dos Espíritos também pode estar nos mundos de expiação.
"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. V, item 4).
"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. V, item 4).
PARAISO
È a morada dos Espíritos puros e dos bons Espíritos, que já adquiriram saber e moralidade. Alguns Espíritos que habitam essas moradas estão livres de encarnações, outros não. Os Espíritos puros podem reencarnar-se em mundos mais ou menos atrasados, para cumprirem missões.
Entretanto, não são mundos para ver a paisagem, como nos por vezes pensamos. Pelo contrário, são lugares de trabalho e acção no campo do Bem e do Saber. É onde o Espírito experimenta a verdadeira felicidade.
"A felicidade dos Espíritos de bem não está na ociosidade contemplativa, que seria, como frequentemente se diz, uma eterna inutilidade.
"...A suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana poderia exprimir, que a mais fecunda imaginação não poderia conceber. Consiste no conhecimento e compreensão de todas as coisas, na ausência de qualquer sofrimento físico e moral, na satisfação íntima, na serenidade do Espírito que nada altera, no amor que une a todos os seres e portanto na ausência de todo o aborrecimento proveniente da relação com os maus, e acima de tudo na visão de Deus e na compreensão de seus mistérios revelados aos mais dignos" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. III, item 12).
Victor Passos
Entretanto, não são mundos para ver a paisagem, como nos por vezes pensamos. Pelo contrário, são lugares de trabalho e acção no campo do Bem e do Saber. É onde o Espírito experimenta a verdadeira felicidade.
"A felicidade dos Espíritos de bem não está na ociosidade contemplativa, que seria, como frequentemente se diz, uma eterna inutilidade.
"...A suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana poderia exprimir, que a mais fecunda imaginação não poderia conceber. Consiste no conhecimento e compreensão de todas as coisas, na ausência de qualquer sofrimento físico e moral, na satisfação íntima, na serenidade do Espírito que nada altera, no amor que une a todos os seres e portanto na ausência de todo o aborrecimento proveniente da relação com os maus, e acima de tudo na visão de Deus e na compreensão de seus mistérios revelados aos mais dignos" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. III, item 12).
Victor Passos
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lmortalidade da Alma
A idéia da imortalidade é latente em todas as almas e é o incidente em todos os Credos antigos e modernos.
Nos tempos modernos, as idéias novas, referentes ao espiritualismo e à imortalidade, necessitam difusão por toda parte. A concepção de um Deus terrível, criando a eternidade dos tormentos, segundo a teologia, que tem ensinado erradamente a idéia de um Céu, insípido, e um inferno aterrador, irremissivelmente eterno.
Antes de sermos humanos filhos de nossos Pais , somos espiritos filhos de Deus.
L.E. 85---Qual dos dois o mundo espirita ou corporeo, é o principal na ordem das coisas?
Resposta- O Mundo Espirita que preexiste e sobrevive a tudo.
Daí se infere que a nossa pátria verdadeira é a espiritual.Mundo fisico é umas escola, um campo de provas , onde burilamos o espirito. De lá viemos e para la um dia retornaremos em definitivo, após sucessivas treencarnações, quando estivermos completamente depurados.
Na parte II do Livro dos Espiritos, Capitulos I a X , estão incluidos os estudos sobre
“ O Mundo Espiritual ou Mundo do espiritos.”
Nele contem toda a relação de imortalidade da alma.Porém outras fontes a demonstram.
Vejamos:
As "provas" da imortalidade da alma constituem o núcleo central do Fédon, para a fundamentação das quais serão evocadas as várias teorias (Teoria da Ideias, da Reminiscência e da Reencarnação).
1º. Argumento: O devir faz-se através da sucessão ciclica de coisas contrárias. Esta teoria que remonta a Heraclito. Os contrários sucedem-se alternadamente. Do pequeno se faz o grande e do grande o pequeno. O sonho sucede à vigilia, a decomposição à composição, como a morte se sucede à vida e esta àquela. De acordo com este princípio, a existência terrena seria precedida de uma vida anterior oposta à morte (teoria da metempsicose). Neste processo é contudo necessário, que algo permaneça através dos ciclos de vida e da morte: a alma, enquanto princípio da vida.
2º. Argumento: Reminisciência. Para que alguém recorde algo, é necessário que antes tenha aprendido.Aquilo que recordamos aprendemos numa outra existência, na qual a lama contemplou as ideias. Platão afirma deste modo que a alma pré-existe ao corpo e sobrevive à sua morte.
3º. Argumento: Simplicidade da alma e sua afinidade com a Ideias . As coisas simples simples - as Ideias -, distinguem-se das compostas -os corpos -, por serem eternas, invisiveis e imutáveis. Num homem podemos distinguir a alma e o corpo. A alma é simples e o corpo é composto.Logo, temos que convir que à alma pertencem todas as características que são próprias das ideias, sendo portanto imortal.
4º. Argumento:Incompatiblidade dos Opostos. As coisas particulares do mundo sensível tem existência e realidade quando participam nas ideias. Mas uma coisa não pode participar da Ideia que lhe é oposta (par no impar, calor no frio, saúde no frio, bom no mau). Ora a vida e a morte são opostos. A alma participa na ideia de vida, logo exclui a sua ideia contrária, a morte. A alma ao aproximar-se da morte ( o seu contrário) afasta-se, libertando-se. Podemos pois concluir que a alma é imortal.
Nos tempos modernos, as idéias novas, referentes ao espiritualismo e à imortalidade, necessitam difusão por toda parte. A concepção de um Deus terrível, criando a eternidade dos tormentos, segundo a teologia, que tem ensinado erradamente a idéia de um Céu, insípido, e um inferno aterrador, irremissivelmente eterno.
Antes de sermos humanos filhos de nossos Pais , somos espiritos filhos de Deus.
L.E. 85---Qual dos dois o mundo espirita ou corporeo, é o principal na ordem das coisas?
Resposta- O Mundo Espirita que preexiste e sobrevive a tudo.
Daí se infere que a nossa pátria verdadeira é a espiritual.Mundo fisico é umas escola, um campo de provas , onde burilamos o espirito. De lá viemos e para la um dia retornaremos em definitivo, após sucessivas treencarnações, quando estivermos completamente depurados.
Na parte II do Livro dos Espiritos, Capitulos I a X , estão incluidos os estudos sobre
“ O Mundo Espiritual ou Mundo do espiritos.”
Nele contem toda a relação de imortalidade da alma.Porém outras fontes a demonstram.
Vejamos:
As "provas" da imortalidade da alma constituem o núcleo central do Fédon, para a fundamentação das quais serão evocadas as várias teorias (Teoria da Ideias, da Reminiscência e da Reencarnação).
1º. Argumento: O devir faz-se através da sucessão ciclica de coisas contrárias. Esta teoria que remonta a Heraclito. Os contrários sucedem-se alternadamente. Do pequeno se faz o grande e do grande o pequeno. O sonho sucede à vigilia, a decomposição à composição, como a morte se sucede à vida e esta àquela. De acordo com este princípio, a existência terrena seria precedida de uma vida anterior oposta à morte (teoria da metempsicose). Neste processo é contudo necessário, que algo permaneça através dos ciclos de vida e da morte: a alma, enquanto princípio da vida.
2º. Argumento: Reminisciência. Para que alguém recorde algo, é necessário que antes tenha aprendido.Aquilo que recordamos aprendemos numa outra existência, na qual a lama contemplou as ideias. Platão afirma deste modo que a alma pré-existe ao corpo e sobrevive à sua morte.
3º. Argumento: Simplicidade da alma e sua afinidade com a Ideias . As coisas simples simples - as Ideias -, distinguem-se das compostas -os corpos -, por serem eternas, invisiveis e imutáveis. Num homem podemos distinguir a alma e o corpo. A alma é simples e o corpo é composto.Logo, temos que convir que à alma pertencem todas as características que são próprias das ideias, sendo portanto imortal.
4º. Argumento:Incompatiblidade dos Opostos. As coisas particulares do mundo sensível tem existência e realidade quando participam nas ideias. Mas uma coisa não pode participar da Ideia que lhe é oposta (par no impar, calor no frio, saúde no frio, bom no mau). Ora a vida e a morte são opostos. A alma participa na ideia de vida, logo exclui a sua ideia contrária, a morte. A alma ao aproximar-se da morte ( o seu contrário) afasta-se, libertando-se. Podemos pois concluir que a alma é imortal.
PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE A IMORTALIDADE DA ALMA
Muitos cientistas pesquisaram e reconheceram a autenticidade dos fenômenos espíritas.
· Na Inglaterra, os mais importantes foram Frederick William Henry Myers, fundador da Sociedade para a Pesquisa Psíquica; os físicos William Crookes e Oliver Lodge e o biólogo Alfred Russell Wallace.
· Na França, além de Kardec, destacaram-se Camille Flammarion e o fisiólogo Charles Richet;
· na Itália, o criminólogo Cesare Lombroso e o astrônomo Giovanni Schiaparelli;
· na Alemanha, o astrofísico Karl Friedrich Zöllner e o médico Albert von Schrenck-Notzing.
· Desde a idade remota os homens tinham idéias ou intuições sobre a imortalidade da alma. Povos indígenas tinham o costume de colocarem armas e utensílios no túmulo, numa possível referência a continuação da vida. Embora a imortalidade da alma tenha sido ensinada através dos tempos por todas as doutrinas espiritualistas, coube ao Espiritismo, não só confirmar esta evidência como através de fatos, comprovar sua realidade. Assim é que o Espiritismo vem oferecendo desde sua codificação ensejo a todos que desejem certificar-se da imortalidade. O desdobramento da personalidade humana, comprovado através de testemunhos indiscutíveis. Aparições expontâneas, os desdobramentos conscientes, materializações, fenômenos de incorporação, voz direta, psicografia, psicometria, sonhos e intuições são provas de que a vida futura não é mais um simples artigo de fé, uma hipótese.
· A imortalidade da alma é uma das mais importantes revelações para a humanidade, pois através dela, nos asseguramos da realidade do futuro e da certeza de que um dia, através de nossos esforços, atingiremos a perfeição a que todos nós estamos destinados.
· Por isto o Cristo iluminado nos disse: “Vós sois deuses” (Jo 10:34) e “nenhuma de minhas ovelhas se perderá” (Jo 18:9)
· Quanto a imortalidade de nossa alma, o Cristo foi mais claro ainda quando disse: “Eu sou a ressurreição e a vida e todo aquele que crê em mim mesmo que morrer viverá, e todo aquele que crê em mim não perecerá”(Jo 11:25)
· “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aqueles que podem fazer perecer no inferno a alma e o corpo”(Mt 10:28).
· Portanto, para o verdadeiro cristão, a morte nada tem de apavorante e não é mais a porta do nada, mas a porta da libertação que abre ao homem reformado à entrada de uma nova morada de felicidade e paz.
· Se quisermos desfrutar de equilíbrio e paz no plano extra físico em nossas existências futuras, é indispensável alicerçar nossos atos e ações no amor cósmico e universal ensinado pelo Homem de Nazaré. A edificação do amor em nossos corações é o único roteiro capaz de nos conduzir à perfeição espiritual a que nos destinamos. Não é bastante apenas crer na imortalidade da alma, inadiável é a luta que temos que travar dentro de nós mesmos procurando vencer nossos erros, vícios e defeitos.
· A idéia clara e precisa que temos da imortalidade nos dá a fé inabalável para o futuro.
· A nossa vida corporal passa a ser apenas uma passagem, uma curta estação neste planeta de provas e expiações! As dores e vicissitudes são passageiras, porque o determinismo de nossa evolução nos dirigirá a um estado de mais felicidade e ventura.
· Reformemos o quanto antes nossas vidas, afogando definitivamente o homem velho cheio de erros e defeitos, para que possa ressurgir um homem novo e feliz, harmonizado com o Cristo e com seu evangelho.
· “Porque aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á, e quem perder sua vida por minha causa achá-la-á. Pois, o que aproveita ao homem ganhar o mundo, se perder sua alma?” (Mt 16:25-26)
· Na Inglaterra, os mais importantes foram Frederick William Henry Myers, fundador da Sociedade para a Pesquisa Psíquica; os físicos William Crookes e Oliver Lodge e o biólogo Alfred Russell Wallace.
· Na França, além de Kardec, destacaram-se Camille Flammarion e o fisiólogo Charles Richet;
· na Itália, o criminólogo Cesare Lombroso e o astrônomo Giovanni Schiaparelli;
· na Alemanha, o astrofísico Karl Friedrich Zöllner e o médico Albert von Schrenck-Notzing.
· Desde a idade remota os homens tinham idéias ou intuições sobre a imortalidade da alma. Povos indígenas tinham o costume de colocarem armas e utensílios no túmulo, numa possível referência a continuação da vida. Embora a imortalidade da alma tenha sido ensinada através dos tempos por todas as doutrinas espiritualistas, coube ao Espiritismo, não só confirmar esta evidência como através de fatos, comprovar sua realidade. Assim é que o Espiritismo vem oferecendo desde sua codificação ensejo a todos que desejem certificar-se da imortalidade. O desdobramento da personalidade humana, comprovado através de testemunhos indiscutíveis. Aparições expontâneas, os desdobramentos conscientes, materializações, fenômenos de incorporação, voz direta, psicografia, psicometria, sonhos e intuições são provas de que a vida futura não é mais um simples artigo de fé, uma hipótese.
· A imortalidade da alma é uma das mais importantes revelações para a humanidade, pois através dela, nos asseguramos da realidade do futuro e da certeza de que um dia, através de nossos esforços, atingiremos a perfeição a que todos nós estamos destinados.
· Por isto o Cristo iluminado nos disse: “Vós sois deuses” (Jo 10:34) e “nenhuma de minhas ovelhas se perderá” (Jo 18:9)
· Quanto a imortalidade de nossa alma, o Cristo foi mais claro ainda quando disse: “Eu sou a ressurreição e a vida e todo aquele que crê em mim mesmo que morrer viverá, e todo aquele que crê em mim não perecerá”(Jo 11:25)
· “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aqueles que podem fazer perecer no inferno a alma e o corpo”(Mt 10:28).
· Portanto, para o verdadeiro cristão, a morte nada tem de apavorante e não é mais a porta do nada, mas a porta da libertação que abre ao homem reformado à entrada de uma nova morada de felicidade e paz.
· Se quisermos desfrutar de equilíbrio e paz no plano extra físico em nossas existências futuras, é indispensável alicerçar nossos atos e ações no amor cósmico e universal ensinado pelo Homem de Nazaré. A edificação do amor em nossos corações é o único roteiro capaz de nos conduzir à perfeição espiritual a que nos destinamos. Não é bastante apenas crer na imortalidade da alma, inadiável é a luta que temos que travar dentro de nós mesmos procurando vencer nossos erros, vícios e defeitos.
· A idéia clara e precisa que temos da imortalidade nos dá a fé inabalável para o futuro.
· A nossa vida corporal passa a ser apenas uma passagem, uma curta estação neste planeta de provas e expiações! As dores e vicissitudes são passageiras, porque o determinismo de nossa evolução nos dirigirá a um estado de mais felicidade e ventura.
· Reformemos o quanto antes nossas vidas, afogando definitivamente o homem velho cheio de erros e defeitos, para que possa ressurgir um homem novo e feliz, harmonizado com o Cristo e com seu evangelho.
· “Porque aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á, e quem perder sua vida por minha causa achá-la-á. Pois, o que aproveita ao homem ganhar o mundo, se perder sua alma?” (Mt 16:25-26)
OUTRAS EVIDÊNCIAS
INDIA
· Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
· "Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescaldar com teus raios, inflamar com os teus fogos(...).
· (...)Assim como se deixam as vestes gastas, para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."
· Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
· "O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita, porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna."
· "Todo renascimento feliz ou infeliz é conseqüência das obras praticadas em vidas anteriores."
· Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
· "Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescaldar com teus raios, inflamar com os teus fogos(...).
· (...)Assim como se deixam as vestes gastas, para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."
· Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
· "O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita, porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna."
· "Todo renascimento feliz ou infeliz é conseqüência das obras praticadas em vidas anteriores."
Egipto
No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder dos soberanos, praticamente mantinha-se ignorante a este respeito
No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder dos soberanos, praticamente mantinha-se ignorante a este respeito
China
Na China, vamos encontrar Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos (iniciados), mantinham no culto dos antepassados a base de sua fé. Neste culto, a idéia da imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.
Israel
Israel
Cerca de 15 séculos antes de Cristo, Moisés, o grande legislador hebreu, observando a ignorância e o despreparo de sue povo, procura através de uma lei disciplinar, educar os hebreus com relação a evocação dos mortos. Se houve esta proibição, é claro que a evocação dos mortos era comum entre este povo da Antiguidade. Moisés assim se referiu:
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade."
Não havia chegado o momento para tais revelações.
Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos", no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.
Grécia
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade."
Não havia chegado o momento para tais revelações.
Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos", no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.
Grécia
Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista civilização, se referem a estes fatos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus iniciados. Sócrates, o grande filósofo, aureolado por divinas claridades espirituais, tem uma existência que em algumas circunstâncias, aproxima-se da exemplificação do próprio Cristo:
"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida."
Idade Média
A Idade Média foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultra-secretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.
JESUS –Medium do amor por os inúmeros fenômenos mediúnicos de cura
O Espiritismo
Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenômeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser restabelecidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre o fenômeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868 - A Gênese.
Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espírita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador Prometido por Jesus.
FONTES de Apoio: Ar Scientia
Centro Virtual Divulgação e Estudo do Espiritismo
Livro Depois da Morte de Leon Denis
História do Espiritismo
Portal do Espírito
Livros da Codificação Espírita
Victor Passos
"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida."
Idade Média
A Idade Média foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultra-secretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.
JESUS –Medium do amor por os inúmeros fenômenos mediúnicos de cura
O Espiritismo
Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenômeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser restabelecidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre o fenômeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868 - A Gênese.
Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espírita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador Prometido por Jesus.
FONTES de Apoio: Ar Scientia
Centro Virtual Divulgação e Estudo do Espiritismo
Livro Depois da Morte de Leon Denis
História do Espiritismo
Portal do Espírito
Livros da Codificação Espírita
Victor Passos
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